Entrevista — ‘Atualmente, boa parte da tarifa do ônibus é subsidiada pela prefeitura, ou seja, o usuário paga R$ 4,40 e a prefeitura completa o que falta para chegar ao custo final, que está por volta de R$ 7,80. Se esse usuário deixar de usar o ônibus, ele economiza e a prefeitura economiza o subsídio (R$ 3,40), e quem tem direito a usar o ônibus de graça, a prefeitura economiza o valor integral. Nas reuniões com representantes da prefeitura, a gente defende o repasse de parte dessa economia diretamente para o participante do programa, em dinheiro, mas eles não dão uma resposta’, disse o urbanista Lucian De Paula, conselheiro da CTB. [Lucian De Paula, sobre o BikeSP, aprovado em 2016, mas nunca colocado em prática]
Privatização do sistema de trilhos leva emburrecimento do estado a novo patamar
Retomando a provocação envolvendo o mercado imobiliário, como seria um futuro arrasado pela privatização de todo o sistema metroferroviário? Mais pessoas precisariam madrugar ou postergar o expediente, tentando driblar horários de pico ainda mais caóticos? O êxodo rumo ao interior paulista, parcela do estado sabidamente indutora do uso indiscriminado do automóvel, ganharia ainda mais força? Imóveis nas localizações com maior e melhor oferta de trabalho disparariam de preço, pois seriam enxergados como uma das poucas alternativas à precarização da Companhia do Metropolitano de São Paulo (METRÔ) e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM)?