Caio César

Gringoteca: extraindo referências de youtubers gringos

Enquanto a discussão de cidades e de mobilidade continua amesquinhada no Brasil, mesmo considerando que o principal objeto de discussão do Coletivo seja a Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), uma das concentrações populacionais mais complexas do país (e, provavelmente, do continente), o mundo continua a girar, e o acesso à Internet em alta velocidade segue proporcionando conexões que, há cerca de duas décadas, exigiriam capacidade para costurar presencialmente relações com pessoas e lugares, a um custo elevadíssimo, tanto de tempo, quanto de dinheiro.

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Novo bairro “preguiçoso” em Jundiapeba: paraíso ou pesadelo?

Introdução Este artigo foi motivado por fala recente do vereador Iduigues Ferreira Martins (PT), destacada no Instagram pela agência de notícias Vanguarda Alto Tietê. Bem-intencionado, o vereador sugere a necessidade de equilibrar progresso e fluidez viária, porém, a preocupação excessiva com veículos de passeio, longe de ser exclusiva da política mogiana, merece ser problematizada. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Vanguarda Alto Tietê (@vanguardaaltotiete) Legenda: Alerta sobre suposto “crescimento indiscriminado de imóveis que estão sendo construídos ao longo das margens da Avenida das Orquídeas”, publicado por @vanguardaaltotiete no Instagram Para Iduigues, a Avenida das Orquídeas não pode reproduzir os problemas enfrentados na porção leste do município, no distrito de Cezar de Souza, palco de desenvolvimento imobiliário nos últimos anos — por problemas, leia-se: “gente reclamando que tem trânsito em Mogi”.

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Lote Nova Raposo motiva busca por metrô milagroso

Recentemente, o governo estadual anunciou a continuidade do Lote Nova Raposo, um dos vários pacotes do programa de desestatização de Tarcísio de Freitas (Republicanos). Este desdobramento do Executivo paulista não necessariamente suscita uma derrota para o movimento Nova Raposo Não, que envolve diferentes organizações, algumas delas problematicamente reacionárias, como o Movimento Defenda São Paulo, e já angariou mais de 19 mil assinaturas contra o Lote. Na verdade, a ideia deste artigo é, mais uma vez, retomar a problematização em torno da reivindicação por transporte sobre trilhos, reiterada em reportagem recente do jornal SP2 da TV Globo.

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Contra privatizações, membros se manifestam em audiências no Alto Tietê

A semana passada foi agitada. Dois de nossos membros dedicaram horas de seus dias para comparecer às audiências públicas no âmbito do Lote Alto Tietê, que inclui três linhas da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) que atendem, além do norte e do sul da Zona Leste paulistana, municípios como Itaquaquecetuba, Suzano e Mogi das Cruzes. Enquanto João Vitor compareceu à audiência realizada em Guarulhos, município que recebe um atendimento extremamente limitado pela Linha 13-Jade (Eng.

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Com ou sem representatividade, a CPTM é importante

Depois de cerca de dez anos escrevendo, falar em representatividade no contexto dos trens é uma tarefa difícil, nem tanto pela complexidade, mas pelo sentimento. Ao longo dos anos, este Coletivo realizou inúmeras discussões internas, que levaram à produção de artigos com inúmeras abordagens, entre as quais, podemos elencar: Abordagem universal ou genérica do assunto, sem recortes muito específicos; Perspectiva ligada aos extratos mais baixos da classe trabalhadora; Aceno às classes médias, que claramente são maioria nas organizações do terceiro setor da capital e indivíduos independentes com capacidade de mobilização, conectando transporte e consumo; Entrelaçamento da discussão da infraestrutura de transporte com o mercado imobiliário, especialmente por ser uma ponte para problematizar privatizações; Utilitária, falando sobre como o transporte público pode ser relevante para viagens, compras e turismo; Técnica, abordando assuntos como capacidade/hora, espacialização de linhas para compreensão de uma greve no território, tratamento de dados de demanda e produção cartográfica para discussão de uso e ocupação do solo.

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Entre o marginal e o excêntrico, as dores e agonias de viver os trens da CPTM

Prólogo Em regozijo aos 32 anos da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), completados em 28 de maio de 2024, o COMMU (Coletivo Metropolitano de Mobilidade Urbana) orgulhosamente publica este artigo. Dividido em duas partes, o texto a seguir transita brevemente pelos extremos encontrados no Trem Metropolitano, propondo uma reflexão sobre sua importância. Mais uma vez, o Coletivo reforça seu compromisso com o Trem Metropolitano, sobretudo num período tão sombrio, que ameaça deteriorar uma das poucas pontes capaz de transpor grandes abismos socioeconômicos, levando eventualmente a crises e colapsos.

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Oposição à concessão da Raposo Tavares: metrô não é bala de prata

Este artigo é uma espécie de resposta ao texto “A nova Raposo Tavares e o velho urbanismo”, publicado na coluna de Mauro Calliari no jornal Folha de São Paulo. A questão da rodovia Raposo Tavares, um dos assuntos do momento em virtude do Lote Nova Raposo do Programa de Parcerias de Investimentos do Estado de São Paulo (PPI-SP) possui várias camadas e, infelizmente, que nossos intelectuais não estão preparados para o monstro que vai surgir no espelho.

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Noção de miolo de bairro é técnica, mas questionável

Quando discuto sobre a baixa abrangência das zonas permissíveis à verticalização, que compreendem raios de menos de 600 metros, nos melhores casos (estações do sistema metroferroviário), não acho que o parâmetro que determina a proximidade do transporte foi chutado. E é aí que reside o maior problema. Legenda: As extremamente limitadas áreas de influência da infraestrutura de transporte público, recuperadas no âmbito da tentativa de revisão do Plano Diretor Estratégico pela atual gestão, por meio de um diagnóstico inicial Para contextualizar: neste artigo, falo, sobretudo, do ordenamento aprovado na gestão de Fernando Haddad (PT; 2013-2017), a partir de 2014, composto pelo PDE (Plano Diretor Estratégico, informalmente chamado de “plano” ou “plano diretor”) e pela LPUOS (Lei de Uso, Ocupação e Parcelamento do Solo, informalmente chamada de “zoneamento”).

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Jornal da Gazeta desinforma ao discutir verticalização a partir de Pinheiros

Introdução O Jornal da Gazeta veiculou em 29 de março, sexta-feira, uma problemática reportagem. Mais uma vez, as críticas em torno da verticalização aparecem em tom raso e egoísta, oferecendo verniz de relevância a opiniões e emoções sem o devido amparo técnico. Legenda: Reportagem “Demolição de bar histórico reacende discussão sobre a verticalização em São Paulo”, publicada no canal do Jornal da Gazeta no YouTube Contando com o previsível protagonismo do Pró-Pinheiros, que reúne diferentes associações de bairros ricos e urbanisticamente reacionários do Centro Expandido paulistano, a reportagem esgarça em seu título a importância de um boteco de gosto duvidoso.

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Pró-Pinheiros rejeita ampliar diálogo e bloqueia COMMU no Instagram

Merecemos respeito Nós tentamos, mas o Pró-Pinheiros, uma das organizações na linha de frente pela manutenção de características insustentáveis e segregacionistas dos bairros do Centro Expandido, afirmou que nossa insistência é uma demonstração de grosseria, calcada numa tentativa de “disputa de conhecimento por rede social”. A declaração ocorreu por comentário no Instagram, quando reagimos aos risos do Pró-Pinheiros em relação a outra interlocutora, que disse nossos argumentos eram incompreensíveis. Legenda: Reação da Pró-Pinheiros e últimas interações antes do bloqueio Adoraríamos divulgar o teor da primeira tentativa de diálogo por mensagem privada, iniciada após uma crítica da nossa parte a um conteúdo de curta duração (story ou stories, na terminologia do Instagram), mas não o faremos para reduzir o risco de um processo por danos morais, já que o bloqueio nos impede de buscar consentimento.

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Verticalização em São Paulo. O acerto covarde de Haddad e o erro grosseiro de Marta Suplicy

Prólogo O artigo em questão é uma adaptação de uma resposta que seria redigida numa publicação no Instagram, contra-argumentando com a senhora Nara Kassinoff, que se apresenta como fotógrafa de rua, designer gráfica e ourives. Legenda: Perfil de Nara Kassinoff no Instagram em 20/03/2024 Já não fazia muito sentido manter a discussão por lá, tanto pelo tom adotado quanto pela importância do tema, entretanto, como a senhora Kassinoff optou por enviar um “textão malcriado” e limitar as menções, adaptar a resposta na forma de um artigo acabou sendo inevitável.

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Privatização do sistema de trilhos leva emburrecimento do estado a novo patamar

Retomando a provocação envolvendo o mercado imobiliário, como seria um futuro arrasado pela privatização de todo o sistema metroferroviário? Mais pessoas precisariam madrugar ou postergar o expediente, tentando driblar horários de pico ainda mais caóticos? O êxodo rumo ao interior paulista, parcela do estado sabidamente indutora do uso indiscriminado do automóvel, ganharia ainda mais força? Imóveis nas localizações com maior e melhor oferta de trabalho disparariam de preço, pois seriam enxergados como uma das poucas alternativas à precarização da Companhia do Metropolitano de São Paulo (METRÔ) e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM)?

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São Paulo sem São Paulo: redefinindo o papel da metrópole

Cerca de metade da população da RMSP (Região Metropolitana de São Paulo) reside nos 38 municípios que orbitam ao redor da capital e, mesmo dentro da capital, parcelas significativas residem a uma distância considerável (a 20, 30 ou mais km de distância) das novas centralidades constituídas ao longo do rio Pinheiros, como Vila Olímpia, Itaim Bibi, Berrini e Faria Lima. Por que um morador da Zona Leste deveria tratar o parque Ibirapuera como principal parque do município, quando reside a uma distância mais curta dos parques do Carmo, do Piqueri ou do Ceret?

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Rinha de ricos: em busca do antídoto

Eufemismos No bojo dos meus deslocamentos entre São Paulo e São Bernardo do Campo, comentei com outros membros deste Coletivo sobre como é muito fácil ser transformado numa espécie de caricatura ao tentar discutir diferentes porções da RMSP (Região Metropolitana de São Paulo). Nada contra Paris, mas a São Bernardo do Campo chego de ônibus Há alguns dias, voltei a me deslocar diariamente para São Bernardo do Campo[1] e, ao longo de uma semana, suspeito que já acumulei material suficiente para fomentar discussões por meses, escrevendo artigos, publicando no Instagram, dialogando internamente com outros membros no Telegram, etc.

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Nada contra Paris, mas a São Bernardo do Campo chego de ônibus

Há alguns dias, voltei a me deslocar diariamente para São Bernardo do Campo[1] e, ao longo de uma semana, suspeito que já acumulei material suficiente para fomentar discussões por meses, escrevendo artigos, publicando no Instagram, dialogando internamente com outros membros no Telegram, etc. E é sobre isso que eu gostaria de falar, sobretudo, para alfinetar o que parece um curioso “processo de filtragem”, deliberado ou não, que reproduz ou escancara profundas contradições de classe.

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Futuro da Linha 7-Rubi será definido em breve. Cenário não poderia ser pior

Não, 2024 não começou e não terminará bem. Centenas de milhares de periféricos, independente do que pensam ou de como votam, terão seu futuro acorrentado a um contrato longo e traiçoeiro entre governo do estado e iniciativa privada. Imaginamos que não seja segredo para ninguém: não haverá oposição contundente. O governo federal investirá recursos da controversa nova versão do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), excessivamente focada em obras com baixa relevância para estabelecer uma trajetória positiva para nossos principais tecidos urbanos.

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Num xadrez marcado por egoísmo e anseios autoritários, editorial do Estadão parece ironia

O artigo a seguir é uma adaptação de duas sequências de posts no X, feitas em 25/12/2023 e 21/12/2023 pelo nosso membro Caio César. Chega a ser irônico evidenciar a publicação do editorial “Descaso com a cidade de São Paulo” pelo Estadão, jornal que, alertando contra “aventureiros”, sugeriu o voto no atual governo municipal em 2020, entretanto, mais do que a ironia do destino, o texto também une esquerda e direita reacionárias e privilegiadas.

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Contra adensamento, Rede Nossa Paulo banaliza descentralização e continua com narrativa do medo

O artigo a seguir é uma adaptação de uma sequência de posts no X, feita em 22/12/2023 pelo nosso membro Caio César, que marcou a Rede Nossa São Paulo. Naquele dia, a Rede deu ênfase para dois parágrafos da reportagem “Novo zoneamento de SP melhora a sua vida? Veja o que dizem construtoras, especialistas e vereadores” do Estadão. Legenda: Story publicado pela Rede Nossa São Paulo no Instagram Mais uma vez, a Rede Nossa São Paulo está negando as próprias pesquisas que conduz.

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Privatização: memória curta e fantasiosa distorce papéis

As afirmações a seguir, publicadas em resposta a Rafael Calabria, do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor), são uma pesada “alucinação”. Em meio aos editoriais canalhas do Estadão e da Folha de S.Paulo, a desinformação corre solta. “ Quando a linha esmeralda era operada pelo estado servia apenas algumas estações, tinha dois trens, o povo esperava até 90 minutos. E tinha mais problemas que agora. Para ir de Osasco até Grajaú, às vezes valia mais a pena ir de metrô até o Jabaquara e pegar um ônibus.

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Linha 9 foi palco de extremismo político e violência contra a mulher

Em mais um trágico episódio envolvendo as linhas da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) concedidas à ViaMobilidade, empresa ligada aos grupos Ruas e CCR, uma passageira foi covardemente agredida. A agressão ocorreu num trem da Linha 9-Esmeralda (Osasco-Mendes·Vila Natal). O motivo? Extremamente fútil: Renata Lima, 36, solicitou educadamente a um homem para diminuir o volume do conteúdo que reproduzia em seu celular. Nada mais, porém, o homem reproduzia conteúdo da extrema-direita brasileira, enaltecendo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e reagiu violentamente ao pedido.

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