Por Renato Martins | 23/07/2016 | 4 min.
Índice
Introdução
O Jardim Zaíra é o maior bairro da cidade de Mauá, no Grande ABC, contando com uma população calculada em quase 80 mil habitantes, segundo Censo de 2010 do IBGE. O bairro é composto majoritariamente por residências, sendo boa parte dessas em aglomerados subnormais, e um eixo comercial bem dinâmico, onde é possível encontrar agências bancárias, supermercados, lojas das mais variadas, clínicas odontológicas, escolas de idioma, entre outras variedades. A principal e mais longa via do bairro é a Avenida Presidente (sic) Castello Branco, com quase 3,5 km, é por ela que se estendem a maioria dos serviços utilizados pela população do Jardim Zaíra e adjacências, incluindo uma estação de transferência de ônibus, parte de um sistema tronco-alimentador. A via é majoritariamente composta por uma pista simples com uma faixa de rolamento por sentido e faixas para estacionamento ao longo de diversos trechos.
O Sistema Tronco-Alimentador
Inaugurado em 2011, atualmente operado pelas linhas municipais da Suzantur, o sistema secciona alguns itinerários provenientes de partes mais distantes do bairro na Estação de Transferência de Passageiros Benedito Aparecido Fermino (mais comumente denominada como Terminal Zaíra), na Castello Branco de onde é possível pegar ônibus para outras localidades: o Centro, o Sertãozinho (área industrial) e o Terminal Sônia Maria da EMTU (ligação criada em abril deste ano, funcionando apenas em horários de pico). A Estação localiza-se na confluência com a rua Jorge Máximo de Azevedo e é composta por duas plataformas separadas por uma via central, por onde trafegam apenas os ônibus municipais. As principais críticas se dão devido ao terminal do bairro ter sido construído no meio da avenida e a ausência de pontos para realizar retornos com veículos mais longos, como os que possuem terceiro eixo (trucados) que operam linhas como a 84 (Jardim Zaíra 4-Terminal Central; a principal do sistema).
O trânsito no Eixo Castelo
Devido ao grande fluxo de automóveis, congestionamentos são rotina na Presidente (sic) Castello Branco e o transporte coletivo não tem qualquer preferência, embora até houve uma tentativa frustrada da prefeitura de implantar uma faixa preferencial em horários de pico (como já ocorre no eixo da Avenida Barão de Mauá), descartada após críticas por parte dos comerciantes, pois suprimiria faixas para estacionamento. Apesar de poucas vias de alternativa para se fugir da Castelo, duas delas merecem um dado destaque:
- Avenida Washington Luiz: inicia-se na região central de Mauá, próximo à Praça da Bíblia margeando parte do rio Tamanduateí e do córrego Corumbé, dando a volta na Vila Magini, possui uma ciclovia (um tanto quanto abandonada) e é rota de duas linhas de ônibus. Apesar de ser uma boa opção, ela não tem uma continuidade pelo eixo, seguindo em paralelo à Castello Branco por menos de 900 metros. Até onde há a UPA do bairro;
- Avenida Benvenuto Bagnara/Ruas Antônio Brazuski e Agenor Freire de Morais e Avenida Luiz Gonzaga do Amaral: apesar de receber denominações diferentes, essas vias seguem paralelas continuamente à Castelo até a altura do Terminal do Zaíra. Possuem um caráter residencial na maior parte do trajeto, não sendo muito utilizadas como alternativa, já que não há qualquer incentivo.
Dentre as duas alternativas citadas anteriormente, a menos dispendiosa seria olhar com mais atenção às vias que seguem paralelas até a proximidade do Terminal do bairro. Elas possuem a mesma largura que a Presidente (sic) Castello Branco e são separadas por ela por apenas um quarteirão. Feitas readequações geométricas em determinados trechos onde houvesse a necessidade e mudanças na sinalização, seria possível se pensar na criação de um binário. E neste haver a implantação de faixas exclusivas para ônibus, preferencialmente na própria Castelo, onde há o maior movimento de pessoas. Nesse cenário, os estacionamentos poderiam ser transferidos para as vias transversais, por exemplo.
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