Por Caio César | 27/01/2019 | 3 min.
Recentemente expliquei que a maior parte do trabalho do COMMU é feito por uma única pessoa e, assim sendo, nada mais justo do que tentar recompensá-la, porém, algumas coisas não foram ditas e gostaria de esclarecer outros aspectos sobre a campanha de financiamento que está no ar.
Uma coisa importante é que desde o princípio nós apostamos na plataforma Medium, que chegou a ter curadoria em português do Brasil e inclusive a destacar artigos nossos na época. O Medium tem inúmeras vantagens, como a facilidade de produzir conteúdo a partir de um editor intuitivo e de simples utilização, estar sempre no ar, suportar feeds RSS sem necessidade de configuração adicional e, principalmente, não exibir propagandas indesejadas.
Diferentemente do que alguns veículos especializados em mobilidade fazem, o COMMU não faz o pior tipo de clipping de notícias, que consiste em copiar o conteúdo alheio na íntegra e dar os créditos no final, com o objetivo de gerar tráfego. Nós, ao contrário, escolhemos alguns veículos com o passar do tempo e simplesmente divulgamos o link para o trabalho original, sem pedir nada em troca, mantendo nossas redes sociais sempre dinâmicas. Quando divulgamos reportagens de veículos como 32XSP, Agência Mural e Nexo, por exemplo, estamos fazendo por nossa conta, por acreditar que há informação de qualidade diferenciada, que fala sobre a periferia ou sobre temas relacionados ao nosso trabalho, que de outra forma, talvez não chegassem para quem segue nossas redes (estamos presentes no YouTube e no Facebook).
Como nossas publicações estão no Medium, ganhamos em qualidade tipográfica e visual, proporcionando uma leitura sem interrupções, sem anúncios e sem scripts maliciosos, como aqueles voltados à mineração de criptomoedas, que sugam poder de processamento sem consentimento do usuário. O Medium possui um programa de remuneração, é verdade, porém ele não só não é voltado para quem escreve em português, como resultaria em um paywall, ou seja, uma página de advertência impedindo a leitura do conteúdo sem pagar, para não falar que o acesso ao conteúdo selecionado pelo Medium custa cinco dólares/mês, ou seja, quase vinte reais/mês.
Atualização (21/06/2020, 22h09): desde junho de 2020 passamos a contar com um novo site, justamente para romper com as limitações e inconveniências do Medium. Este texto recebeu ligeiras adaptações para refletir a mudança.
Outro aspecto importante: o COMMU é feito por voluntários. Eu sou voluntário. Quem se dispõe a ler o que eu escrevo é voluntário. Se alguém apontou um erro ou deu uma sugestão, também o fez voluntariamente. Quem integra o grupo no Telegram e tira minutos ou horas do dia para conversar e postar notícias, também está voluntariando. Fica evidente que não é justo colocar um “pedágio” para acesso ao conteúdo.
O COMMU sempre teve como objetivo qualificar o debate olhando os acontecimentos de perto. Quando uma fotografia aparece num artigo, na imensa maioria das vezes ela foi tirada pelo autor do texto ou por outra pessoa do Coletivo. A ideia é mostrar que o artigo está sendo escrito por alguém que vive ou, pelo menos, se colocou à disposição para observar atentamente aquilo que está sendo abordado. Posso afirmar tranquilamente: possuo milhares de fotos para ilustrar os artigos e isso é fruto de muito trabalho, pois construir um banco de imagens exige não só dedicação, é preciso um verdadeiro estado de espírito para capturar imagens nos mais variados momentos.
Finalmente, a campanha é para quem pode ajudar e, principalmente, para quem pode ajudar e tem a consciência de que, contribuindo para financiar o COMMU, está incentivando e viabilizando a produção de um conteúdo cada vez melhor e mais completo.
Se você ainda não acompanha o COMMU, curta agora mesmo nossa página no Facebook e siga nossa conta no Instagram. Veja também como ajudar o Coletivo voluntariamente.
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