Por Caio César | 13/06/2020 | 4 min.
A utilização do Medium, que parecia prática e infalível em 2014, acabou ficando desgastada com o passar do tempo. Ao longo do nosso “casamento” com o Medium, os problemas foram diversos e foi ficando claro que não havia outra solução: precisávamos migrar. Abaixo, resumimos os principais problemas que permearam nossa trajetória até aqui:
- O suporte ao português brasileiro, que nunca foi pleno (chegamos a ter problemas com caracteres acentuados durante um período);
- As inconveniências do modelo de negócio da plataforma começaram a crescer, com banners e outros elementos incentivando agressivamente a criação de uma conta;
- Com as mudanças constantes para monetização de conteúdo por parte do Medium, começamos a temer perda de visibilidade, já que a plataforma se fechou para o mundo anglófono e nunca tivemos um bom controle das métricas de acesso (o que tornava impossível falar em otimização para resultados em buscadores, o famoso SEO, Search Engine Optimization);
- Em várias situações o Embedly saiu do ar e os artigos ficaram com parte do conteúdo indisponível;
- Quando o Embedly não suportava o tipo de conteúdo a ser embarcado, nós não tínhamos nenhuma alternativa a não ser inserir uma hiperligação tradicional, uma imagem estática ou criar o conteúdo dentro de um site suportado pelo Embedly, o que limitava a interconectividade;
- O formato de publicações do Medium se mostrou muito limitado, porque não só estávamos disputando visibilidade, mas também disputando o interesse num ambiente que não convidava à exploração;
- Não tínhamos um “cartão de visitas” adequado e, com o abandono da opção de registro de domínios, o Medium basicamente deixou claro que queria distribuir conteúdo sem dar grande relevância para quem o criava, fortalecendo apenas a própria marca;
- A integração com outras redes e, principalmente, com plataformas de financiamento coletivo, era muito restrita ou então inexistente.
O novo site (made in Zona Leste, diga-se de passagem) está muito melhor integrado com as nossas redes sociais e nossa página no Facebook, principal janela entre o COMMU e o mundo, fica sempre em evidência no rodapé. Nossas duas principais publicações no Medium, Trens Metropolitanos e Metropolização em Debate, seguem listadas na seção Artigos, lógica que também se aplicará à nossa terceira (e menos movimentada) publicação: O Coletivo em Movimento. Nossa série fotográfica sobre as centralidades da Região Metropolitana, chamada de Série Centros, ficará no Medium por enquanto, uma vez que se tratou de uma iniciativa experimental de pequeno alcance, mas não está descartada a criação de uma galeria de fotos no futuro.
A integração vai além do Facebook e de uma maior transparência com a categorização simples dos artigos. Nosso canal no YouTube ganhou espaço na seção de conteúdos especiais, que também abriga nossa versão do mapa da rede metropolitana de transporte, um histórico de documentos assinados por nós e um livro (infelizmente incompleto) contra a privatização da CPTM.
O contato ficou mais fácil (e mais profissional) para leitores e leitoras de primeira viagem e pode ser feito via formulário, sem burocracia, além disso, temos uma seção com perguntas e respostas.
Acompanhar eventos por meio do COMMU também está mais fácil: uma seção dedicada permite acesso rápido a dois quadros no Trello com eventos e roteiros de passeios. Todos os eventos cadastrados por nós no Trello são automaticamente publicados no Facebook com aproximadamente 24 horas de antecedência.
Finalmente, o financiamento coletivo (também chamado comumente de crowd funding) foi levado a outro patamar com o advento de mais opções de plataformas e uma maior transparência, baseada na metáfora de um termômetro, muito adotada em campanhas de financiamento. Melhorias estão previstas para a planilha, que por enquanto não está considerando a dedução das remunerações das plataformas utilizadas.
Esperamos que o site amplie a visibilidade do conteúdo que produzimos ao longo dos últimos seis anos e que continuaremos a produzir de agora em diante. Se você procurar algum artigo antigo e não encontrar, não se preocupe, ele será migrado durante as próximas semanas (se tudo correr bem!) e estará disponível no Medium enquanto isso.
Se você ainda não acompanha o COMMU, curta agora mesmo nossa página no Facebook e siga nossa conta no Instagram. Veja também como ajudar o Coletivo voluntariamente.
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