COMMU participa de live com candidatura da periferia da Zona Leste

No dia 10 de setembro (quinta-feira), nosso membro Lucian De Paula participou de uma live com Toninho Vespoli, pré-candidato a vereador pelo PSOL (Partido Socialismo e Liberdade), estavam também presentes Giulia Grillo (Ciclocidade), Leandro Vallim (Politize) e Márcia Fernog (Bike Zona Leste).

A conversa teve cerca de 90 minutos de duração e permeou uma série de temas relevantes para a mobilidade urbana em São Paulo, seja por transporte coletivo, seja por modos ativos (bicicleta e a pé).

O início da discussão destacou a importância da expansão e consolidação da infraestrutura cicloviária, como forma de proporcionar mais segurança e aumentar a atratividade da bicicleta nos deslocamentos cotidianos. O desmonte da infraestrutura, que estava em fase de implantação durante a gestão Fernando Haddad, foi criticado por Leandro Vallim, que relatou que apesar, de residir na região de Santo Amaro e próximo de estações, não é atendido por ciclovias e ciclofaixas para acessar o sistema metroferroviário.

Giulia Grillo, moradora da Freguesia do Ó, considera que o ato de atravessar duas pontes para transitar na cidade de bicicleta já é, por si só, uma forma de ativismo. Para Grillo, que participou de uma pesquisa junto à Ciclocidade no extremo leste da capital, é importante construir e ampliar os bicicletários nas estações da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) que atendem a região. Argumenta que as pessoas entrevistadas em Guaianases (servida pela Linha 11-Coral, Luz-Estudantes) e Itaim Paulista (servida pela Linha 12-Safira, Brás-Calmon Viana) se mostraram receptivos à ideia de utilizar a bicicleta, porém, a falta de bicicletários é um grande entrave, que contrasta com as longas filas que se formam para embarcar nos ônibus.

Finalmente, destacamos ainda as falas de Leandro Vallim sobre a importância de politizar a população e buscar a qualificação dos elementos menos visíveis da infraestrutura de transporte, como os subsistemas que controlam a circulação dos trens. Para Vallim, que também é ferroviário e trabalha como maquinista na CPTM, há uma priorização da inauguração as obras com maior visibilidade por parte do governo estadual, o que acaba provocando frustrações na população quando esta, mesmo a abordo de um trem novo, continua sujeita a maiores intervalos e falhas que poderiam ser minimizadas com investimentos na via permanente e sinalização.

Para conferir todas as falas, acesse a live na íntegra:

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