Artigos publicados

Falhas e mais falhas nos trens da Linha 10-Turquesa da CPTM

Atualização (05/01/2019): ao longo dos últimos anos (2018 e 2017, principalmente), os problemas ligados à manutenção dos trens da série 2100 parecem ter sido significativamente mitigados ou superados, de forma que não foram mais observados os incêndios e incidentes graves que aterrorizaram passageiros quando este artigo foi originalmente escrito. O artigo segue no ar para registrar o tipo de postura negligente que a CPTM e as empresas por ela contratadas podem adotar, com prejuízos difíceis de serem ressarcidos.

Continuar lendo

Correria e empurra-empurra no embarque

No começo de fevereiro um vídeo de um sistema de metrô venezuelano (provavelmente de Caracas) ganhou notoriedade, pois foi compartilhado por um humorista (veja aqui), com milhares e milhares de interações. Enquanto escrevemos, comentários, curtidas e compartilhamentos são feitos. Aparentemente o vídeo foi originalmente compartilhado há dois anos atrás, em um site de humor. As imagens não representam um sistema do qual temos vivência para falar, mas alguns comentários fazem menção a São Paulo e certas estações bem conhecidas, como a Estação Brás.

Continuar lendo

Breves comentários sobre Aracaré

Recentemente, em 25/02/2014, a CPTM anunciava uma interrupção entre as cidades de Poá e Itaquaquecetuba na Linha 12-Safira por motivo de vandalismo. Por motivo de Ato de Vandalismo, a circulação de trens entre as estações Itaquaquecetuba e Calmon Viana está interrompida. Haverá Paese. — CPTM (@CPTM_oficial) February 25, 2015 Segundo o jornal Folha de S.Paulo com informações da CPTM, pneus foram incendiados nos trilhos, ainda que não houvesse um protesto.

Continuar lendo

Uso da água e CPTM: mais polêmica nos trilhos da Grande São Paulo

Introdução A CPTM opera uma malha com cerca de 260 km de extensão, cuja metade dos trilhos estão dentro da capital. Com 92 estações e cerca de 3 milhões de usuários se movimentando em média a cada dia útil pelos trens, é natural imaginar que algumas viagens são longas e que os banheiros são cruciais para garantir o mínimo de conforto (e até mesmo dignidade) para a parcela da população que depende do trem para se deslocar.

Continuar lendo

Reflexões sobre a possibilidade de remodelar o Expresso Tiradentes

O Governo do Estado de São Paulo está construindo a Linha 15-Prata, uma linha de monotrilho que terá 18 estações e aproximadamente 26 km de extensão. Informações oficiais podem ser obtidas aqui. A principal conexão da Linha 15 se dará na Estação Vila Prudente da Linha 2-Verde, que também será expandida. Segundo notícia oficial do Metrô, serão 13,5 km adicionais, que levarão a linha até Guarulhos, terminando na Estação Dutra. A Linha 2 então terá o seguinte cenário potencial:

Continuar lendo

SPTrans e a volta dos ônibus circulares na capital

Com a última apresentação realizada pela SPTrans (veja detalhes aqui), a volta dos ônibus circulares foi colocada como certa pela diretora de planejamento, Ana Odila. Segundo as informações fornecidas, a empresa pretende criar linhas pequenas, com intervalo girando na casa dos 10 minutos (dependerá da demanda de passageiros) e que percorrerão distâncias relativamente curtas, até 3 km de distância em média. Também foram prometidas melhores ligações entre bairros vizinhos. Atualmente o funcionando do sistema de ônibus parece ter estimulado o aumento do trânsito de automóveis nos bairros.

Continuar lendo

Março e a Estação Luz, mês de um aniversário inglório

Introdução Em 26/02/2015 a CPTM realizou algumas comemorações ligadas ao edifício atual da Estação Luz, inaugurado em 01/03/1901. Ora, não poderíamos deixar a data passar em branco, não é mesmo? Imponente por fora, a estação vive hoje cenas de saturação, que muitas vezes levam a comportamentos no mínimo duvidosos no horário de pico. A Estação da Luz merece viver melhores dias. Se você concorda, embarque conosco em mais uma leitura.

Continuar lendo

Nossas anotações da última reunião do CMTT

Observação: a apresentação de slides da SPTrans pode ser baixada aqui também. Anotações Tatto recepciona a todos e diz que vai apresentar o processo ligado ao plano definitivo, incluindo debate público e 32 subprefeituras, indo além das entidades. Haverá também participação via Internet. Segundo Tatto, a iniciativa é intersetorial e também multimodal, incluindo todos os modos e também a questão logística.Destaca a importância da Rede da Madrugada, piloto para as outras redes propostas.

Continuar lendo

Alagamentos e paralisações na CPTM

Introdução A Estação Palmeiras-Barra Funda do sistema de trilhos foi mais uma vez palco de tensão entre a CPTM e os usuários das duas linhas que lá operam, a 7-Rubi (Luz-Francisco Morato-Jundiaí) e a 8-Diamante (Júlio Prestes-Itapevi-Amador Bueno). Segundo informações do G1, a paralisação na Linha 7-Rubi durou cerca de três horas. A CPTM alega fazer suas obrigações… Quando questionamos a CPTM sobre a questão dos alagamentos, que motivou paralisações em três linhas da empresa ontem, 25/02/2015, a seguinte resposta nos foi enviada via Twitter:

Continuar lendo

Rebatendo argumentos anti-ciclovia

Em 21/02/2015, sábado, a Folha de S.Paulo divulgava na sua página no Facebook a reportagem “Justiça manda Prefeitura de SP retirar ciclovia da frente de colégio particular”. Com comentários no Facebook que tentam minar qualquer perspectiva de tornar São Paulo uma cidade mais humana e menos carrocêntrica, decidi então, rebatê-los, tentando qualificar mais o debate, colocando várias fontes e informações, tentando “arejar” um pouco as discussões. Faltou planejamento! As pessoas não são contrárias às ciclovias/ciclofaixas, apenas querem planejamento… É um argumento muito utilizado, mas extremamente frágil.

Continuar lendo

Rio Grande da Serra, a estação e o descaso

Fomos motivados pelo aniversário da estação, comemorado pela empresa no Facebook… Conforme podemos ver na rede social, a CPTM fez uma publicação comemorando o aniversário de algumas estações. O post foi feito no Facebook em 16/02/2014 e, entre as estações, está Rio Grande da Serra. Diferentemente da vizinha Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra amarga um estado que beira o de abandono. A passarela está sendo apoiada por uma estrutura metálica adicional, além disso, não é só a estrutura metálica que parece ter risco de desabar, uma espécie de sala operacional, na única plataforma usada, está claramente cedendo.

Continuar lendo

Google Transit e a Região Metropolitana de São Paulo

Introdução Se você nos acompanha no Twitter, já deve ter visto que pedimos sugestões de pauta, pois bem, recebemos uma e vamos tentar abordá-la. @Commu_Oficial @Commu_Oficial Organizacao integrada dos dados GTFS de toda RMSP e abertos ao publico, 'a la @sptrans_ Cc @portalmobilize — Rafael H. M. Pereira 🚡 Urban Demographics (@UrbanDemog) February 2, 2015 Vamos abordar brevemente o GTFS e mostrar como faz falta uma organização integrada. Conceituando É melhor conceituar as coisas para tornar as informações mais acessíveis a todos.

Continuar lendo

Quando vamos iniciar a transformação das nossas cidades?

Estava pensando aqui: já percebeu que existem situações nas quais se noticia novas invenções como se fossem “o que faltava para resolver a mobilidade urbana”? É quase mágico, as invenções passam a ser noticiadas como se não houvesse amanhã, geralmente de forma rasa e… bem, em seguida o hype cessa e a mobilidade urbana volta ao esquecimento. ☹ Legenda: Land Airbus Lembrei-me de uma invenção chinesa que foi ventilada por vários veículos da mídia, até aqueles voltados ao público jovem, como o Catraca Livre ou Superinteressante.

Continuar lendo

O acesso é super fácil!

Costumo dizer que só na capital paulista tenho a sensação de que no lugar de uma cidade, existem várias cidades. E hoje gostaria de abordar algumas colocações com as quais não raramente me deparo, que me fazem pensar na “São Paulo do carro”. Vamos aos exemplos: O acesso é superfácil! Não foi difícil estacionar o carro nas redondezas. Chegamos e deixamos o carro em frente ao local, sem grandes dificuldades.

Continuar lendo

Qual transporte público você quer?

Quantas vezes você já se perguntou qual tipo de transporte público gostaria de utilizar? Talvez nos momentos de fúria, quando as coisas não saem como esperado? Talvez durante as férias, quando a rotina é quebrada e a relação com a cidade muda? Trata-se de um questionamento importante: Qual é o metrô que você quer? Ou então os ônibus, como eles devem ser? Não é uma questão de falar em utopia, como em “eu quero um metrô a cada 30 segundos, silencioso, sempre com bastante espaço para ir sentado e passando na porta da minha casa”, mas talvez seja uma questão de pensar algo mais razoável, pelo qual todos podemos lutar, digamos “eu quero um sistema sem superlotação, com intervalo entre 3 e 5 minutos, no qual boa parte da metrópole seja atendida, mas eu também encontre uma estação nos principais pontos das cidades, talvez uma estação a cada no máximo uns 600, 800 metros nas principais centralidades”.

Continuar lendo

Twitter e mobilidade urbana: o limite foi atingido?

Introdução Desde 2010 tenho acompanhado pelo Twitter o transporte coletivo na Região Metropolitana de São Paulo, cheguei até mesmo a colaborar assiduamente mandando informações com hashtags e ainda hoje mando esporadicamente. Mas…. ultimamente tenho pensado… Será que o Twitter chegou no seu limite diante do papel desempenhado pelos coletivos? Ando preocupado. É grande quantidade de perfis concorrentes, numa competição talvez sem sentido, em que a solidariedade e a colaboração parecem ter ficado de lado.

Continuar lendo

Por que escrevemos textos de opinião?

a) A imprensa não cobre todos os aspectos do transporte público Se jornais como Folha de S.Paulo e Estadão deixam algumas lacunas, alguém precisa supri-las, melhor ainda quando não se tem um automóvel ou condomínio fechado sendo anunciado bem ao lado da manchete. Menos rabo preso significa mais chances de desagradar setores que ajudam a criar os problemas, mas também significa mostrar outros pontos de vista para a população. Veja um exemplo de “acidente de percurso” da Folha de S.

Continuar lendo

Pensando um VLT para a região do Tatuapé

Introdução Quero explorar aqui o exercício de pensar num VLT para a região, devido à saturação que enxergo há alguns anos nos ônibus que fazem a alimentação e complementação do Metrô e CPTM na Estação Tatuapé, atuando para dar capilaridade ao sistema existente. Observação: para quem quiser um material para saber mais sobre os VLTs, também chamados de bondes modernos, streetcars e tramways, segue um vídeo: Legenda: Edição do Matéria de Capa da TV Cultura que contém exemplos ligados à utilização de VLTs ao redor do mundo Para pensar no traçado da linha (ou das linhas) existem algumas dificuldades para analisar os pontos de interesse com maior atração de demanda dentro do distrito, mesmo que o VLT busque suplantar, ainda que parcialmente, uma ou mais linhas de ônibus que já circulam como alimentadoras, os dados da SPTrans não ajudam muito.

Continuar lendo

Centro Velho, Marginal Tietê, projetos, possibilidades

Introdução De protagonismo alterado décadas atrás, uma das regiões mais icônicas devido à rica arquitetura e história, continua sofrendo com o estigma da degradação, sujeira e mendicância. Algumas ações interessantes têm sido empregadas pela municipalidade, sendo que alguns elogios de atores internacionais em certos campos já se evidenciam, bem como fica inegável que Nova Iorque parece ter sido fonte de inspiração para pelo menos algumas delas. O desafio aqui foi dar um enfoque abrangente, mas ainda assim conciso em relação à região central, alguns projetos e possibilidades.

Continuar lendo

Superlotação e obscuridade

Introdução Muitas vezes nos deparamos com discussões a respeito da superlotação dos trens. Tema extremamente explorado pela imprensa, a superlotação também está na boca do povo, seja nas ruas ou na Internet. A grande questão é a seguinte: um usuário reclama dos trens superlotados e outro usuário rebate com uma frase mais ou menos assim: “ No resto do mundo o transporte público também é lotado no horário de pico! Então hoje quero dizer uma coisa muito importante: falar de superlotação não é falar da condição de “transporte público lotado”, olhar para um trem e constatar que ele está cheio não é suficiente, pois cada pessoa avalia a lotação de uma maneira, basta observar o comportamento das pessoas no embarque, algumas hesitam mais, outras menos.

Continuar lendo