Aqui você encontra uma série de perguntas e respostas que cobrem os principais tópicos a nosso respeito.
Geral
Quando o Coletivo começou oficialmente as atividades?
No ano de 2014, quando começamos a publicar conteúdo no Medium e criamos contas em diferentes redes sociais (este site foi construído apenas em 2020, quando mais de duzentos artigos precisaram ser migrados do Medium para o Hugo).
São as mesmas pessoas desde 2014?
Não, hahaha! Restaram apenas duas: Caio César e Eduardo Ganança, basicamente.
Quantas pessoas participam ativamente?
Cerca de dez pessoas, que se reúnem num grupo de discussões do Telegram. Para saber quem faz, clique aqui. Já realizamos algumas atividades presenciais no passado.
O Coletivo aceita novos membros?
Sim! Basta preencher nosso formulário.
Valorizamos as seguintes características:
- Interesse na compreensão dos problemas das linhas (de metrô, ônibus etc) região metropolitana a partir de uma noção coletiva;
- Disposição de compreender que existem múltiplas linhas, com múltiplos desafios;
- Disposição de compreender que uma linha não existe em função de um único tipo de padrão de deslocamento;
- Apreciar determinado nível de rigor técnico;
- Respeito;
- Paciência, pois fazemos um “trabalho de formiguinha”;
- Alguma afinidade política-ideológica com o tom dos artigos;
- Não ter predileção pela publicação de reclamações rasas no Twitter em detrimento da construção de críticas qualificadas em outras redes;
- Gostar de utilizar o Telegram ao invés do WhatsApp, pois o Telegram tem nos permitido automatizar uma série de pequenos fluxos de trabalho.
Linha editorial e de atuação
Por que o Coletivo discute tanto a CPTM?
A produção de artigos continua sendo feita principalmente por um dos idealizadores, que possui afinidade em termos de bibliografia (leitura de teses de mestrado e doutorado, livros etc), de familiaridade (como usuário e ex-debatedor de fóruns como o SkyscraperCity) e, assim como outras pessoas do COMMU, compreende que a malha da estatal tem um papel muito importante na estruturação da mobilidade em toda a Região Metropolitana de São Paulo.
Ao longo dos anos, o COMMU tem buscado consolidar a compreensão de que a CPTM desempenha papel de uma rede de metrô, mas enfrenta desafios muito maiores do que a malha da Companhia do Metropolitano de São Paulo (METRÔ), inclusive em termos de requalificação.
O Coletivo pretende abordar outras regiões metropolitanas paulistas?
Observamos a Macrometrópole Paulista, mas não existe a possibilidade de produzir conteúdo. Se você gostaria de escrever sobre alguma região metropolitana do estado de São Paulo, entre em contato conosco. Nosso acervo conta com alguns artigos tratando dos seguintes temas macrometropolitanos, geralmente voltados à discussão de trens intercidades (também chamados de trens regionais) ou de linhas suburbanas Artesp.
Como o COMMU atua?
Perseguimos uma série de objetivos em torno de cidades mais compactas e orientadas em torno das pessoas e de bons sistemas de transporte público. Clique aqui para saber mais detalhes.
Vocês são um site de notícias?
Não. Desempenhamos em diversas ocasiões um trabalho de caráter jornalístico, mas não somos um portal de notícias sobre mobilidade. Não competimos diretamente com sites de notícias.
Existe alguma política para publicação de links de terceiros nas redes sociais do Coletivo?
Sim. Desenvolvemos um sistema de monitoramento de veículos regionais e de veículos que exercem uma cobertura voltada às periferias, além disso, selecionamos alguns sites que cobrem mobilidade e passamos a monitorá-los também. O conteúdo é publicado no Facebook automaticamente, mas é passível de supervisão (por exemplo, posts duplicados podem ser apagados por nós ou comentários adicionais podem ser acrescentados).
É importante salientar que a publicação de conteúdos de terceiros não implica em endosso. Trata-se de um esforço de acompanhamento e de curadoria, que pode ensejar críticas mais duras quando possível. São exemplos de sites monitorados:
- Jornalismo periférico ou local diferenciado: 32xSP, Agência Mural (dentro e fora do domínio da Folha de S.Paulo), Projeto A Vida no Centro e Caminhadas Urbanas;
- Jornais de bairros paulistanos: Gazeta do Tatuapé, Folha da Vila Prudente, Gazeta de Pinheiros, Jornal São Paulo Zona Sul, Jornal SP Norte e SP Jornal;
- Jornais da Sub-região Leste: Diário de Suzano, Diário de Mogi, Gazeta Regional, Suzano Hoje, Guarulhos Hoje e GRU Diário;
- Jornais da Sub-região Oeste: Visão Oeste, Diário da Região/Webdiário, Folha de Alphaville, Diário de Alphaville, Vero Notícias, Itapevi Notícias e Canal Itapevi;
- Jornais da Sub-região Norte: Cidade Repórter e Regional News;
- Jornais da Sub-região Sudeste: Repórter Diário, Diário do Grande ABC e ABC do ABC;
- Jornais da Sub-região Sudoeste: Granja News, Jornal Cotia Agora e Portal Viva Cotia;
- Jornais da Aglomeração Urbana de Jundiaí: Tribuna de Jundiaí, Jornal da Região, Jornal Jundiaí Agora e Jornal O Pêndulo;
- Sites especializados em mobilidade: Plamurb e Metrô CPTM.
Acompanhamos ainda outros coletivos, associações, movimentos e organizações da sociedade civil, entre eles, estão Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor), Rede Nossa São Paulo, Inesc (Instituto de Estudos Socioeconômicos), Cidadeapé (Associação pela Mobilidade a Pé em São Paulo) e SampaPé.
Algum site é ou foi um modelo para vocês?
Quando o COMMU foi criado, o The Atlantic Cities era um modelo. Atualmente o The Atlantic Cities se chama CityLab e continua produzindo conteúdo de boa qualidade sobre cidades dos Estados Unidos e nos inspirando. The Guardian, com a editoria Cities, também é uma fonte interessante de inspiração.
Posteriormente, o UOL TAB surgiu e também passou a ser um modelo. Algumas das características do UOL TAB são mais ou menos replicadas no Medium, uma vez que a leitura pode ser feita numa página com pouquissímas interrupções e que permite a inserção de ilustrações que ocupam a página de margem a margem. O UOL TAB, principalmente em seu formato original, continua sendo uma inspiração para o tipo de conteúdo que pode ser produzido com níveis adequados de financiamento, com pessoas dedicadas para ilustrar, filmar, investigar etc.
Para conteúdo em vídeo, canais como o Meteoro Brasil e de Geoff Marshall continuam sendo não só uma inspiração, mas um exemplo do que gostaríamos de fazer, mas ainda não conseguimos.
Finalmente, o Observatório das Metrópoles tem feito um trabalho estupendo em termos de produção acadêmica, com livros extraordinários disponíveis gratuitamente em formatos como PDF e ePUB. Esse trabalho do Observatório das Metrópoles se soma a dissertações de mestrado e doutorado que acumulamos durante anos (a maioria delas da USP), que também inspiraram e contribuíram para orientar nossa produção textual.
Modelo de financiamento
Por que anúncios não são exibidos?
Por uma questão de princípios:
- Não gostamos dos anúncios que costumam aparecer em blogs e sites especializados de transporte;
- Não gostamos de conteúdo-isca de caráter duvidoso, principalmente quando este dificulta o acesso aos comentários;
- Não acreditamos que é a melhor forma de financiar a produção de conteúdo.
Não julgamos as escolhas de outras organizações, sites, blogs etc, mas consideramos que não inserir anúncios é um sinal de respeito com quem nos lê.
O conteúdo republicado no Medium também está livre de anúncios, embora a plataforma adote posturas inconvenientes para quem não possui conta, como banners e mensagens incentivando a criação de uma. A criação deste site, aliás, foi uma resposta às inconveniências do Medium.
Como os trabalhos são financiados?
Na prática, praticamente não são. O COMMU sempre deu prejuízo (risos). Exemplos de consumo de tempo e/ou dinheiro:
- Utilização do HootSuite no passado;
- A opção de agendamento em massa por meio de arquivos CSV exigia uma assinatura e, inicialmente, foi essencial para que nossas redes sociais não ficassem às moscas;
- Foi possível deixar de pagar pelo HootSuite só quando encontramos alternativas que são utilizadas até hoje;
- Utilização do Trello;
- Para organizar fluxos de trabalho, acompanhar eventos e acompanhar notícias, foi preciso assinar uma conta gold do Trello;
- A assinatura do Trello tem melhor custo × benefício em comparação com a do HootSuite, mas custa cerca de 45 dólares por ano;
- Gastos com passagens para visitar municípios e linhas (além de gastos relacionados, como alimentação);
- Concorrência entre atividades do Coletivo e as atividades da vida pessoal e profissional;
- Um artigo simples leva duas horas para ser produzido;
- Artigos de média complexidade consomem facilmente um dia inteiro;
- Mapas, tabelas e outros tipos de material que pode ser necessário para tornar o artigo agradável e mais fácil de ser compreendido, como você deve imaginar, exigem outro conjunto de horas para serem produzidos;
- Hospedar o site também passou a custar dinheiro, mas depois de tantos anos no Medium, precisámos de um “cartão de visitas” e de uma plataforma para publicação na qual detivéssemos 100% do controle.
O Coletivo funciona de maneira voluntária, sem exercimento de pressão entre quem começa a participar ativamente. A lógica é simples: quem pode ou quer, faz, quem não pode ou não quer, não faz. E tudo bem. Como este site, as fotografias e a maior parte dos artigos foram produzidos por uma única pessoa, o modelo de financiamento consiste em financiá-la.
Existe a expectativa de que, ao atingir um determinado patamar de financiamento, será possível pagar mais profissionais para colaborar com o COMMU. Podem ser membros atuais ou podem ser pessoas disponíveis no mercado.
Vale a máxima: ninguém é obrigado a trabalhar de graça e idealismo não paga contas.
Por que o financiamento coletivo não foi desenhado em torno de um modelo de recompensas?
No passado, o Apoia-se estava desenhado em torno de um modelo de recompensas bem simples, mas com a baixa arrecadação e o volume de trabalho adicional, este modelo se mostrou inviável. Hoje, infelizmente, é humanamente impossível entregar mais conteúdo.
O financiamento foi estruturado de maneira honesta: ele é um incentivo para tentar viabilizar um trabalho que já é feito desde 2014, ou seja, este site e todo o conteúdo acessível por meio dele, além das nossas mídias sociais, são a prova documental de que existe um trabalho sofisticado que está sendo feito e que pode melhorar imensamente se atingir um patamar adequado de financiamento.
Se você possui sugestões para a melhoria do atual modelo de financiamento, não hesite em entrar em contato.