Trens Metropolitanos

Oportunismo eleitoreiro: ligação direta entre São Paulo e Mogi das Cruzes

Contexto eleitoral Chegou a hora de acompanharmos as pérolas e promessas — a diferença entre elas parece cada vez mais tênue — dos candidatos ao cargo de governador do Estado de São Paulo. Temos aqui a primeira delas. Deu no Diário de Suzano: “Doria promete trem direto até a Luz e alça na Estrada dos Fernandes”, com o atual candidato a governador que abandonou o mandato que exercia como prefeito na capital paulista afirmando genericamente que “a baldeação demanda mais tempo e por isso as pessoas demoram mais para chegar ao seu destino e na volta para casa”.

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Nossa imprensa ainda descarrila quando aborda a (má) qualidade da CPTM

Parte 1: qualidade, prazo e investimento Recentemente o Estadão publicou um inusitado editorial sobre a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos, no qual acertadamente chamou atenção para sua importância e um processo modernizador que se arrasta desde o início da década de 1990. O problema começa quando o editorial sobre a CPTM esbarra no famigerado hábito que a imprensa e algumas pessoas têm de falar em qualidade sem definir o que exatamente entendem por qualidade.

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Até que ponto faz sentido despedir-se de um trem?

Uma breve introdução Quando comecei a escrever este artigo, simplesmente não fazia ideia de como poderia provocar o leitor e ser capaz de expressar um profundo questionamento à ideia de se despedir de uma série de trens da Companhia Palista de Trens Metropolitanos (CPTM) que, felizmente, serão aposentados — na verdade já deveriam ter sido em 2014, considerando um artigo de dois engenheiros da CPTM para a Revista Engenharia em 2013.

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Por que a nova linha da CPTM para o aeroporto internacional não chega diretamente nos terminais?

Prólogo A Linha 13-Jade (Eng. Goulart-Aeroporto) da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) foi aberta ao público pela primeira vez no último sábado, 31, desde então, já ouvimos de tudo um pouco: “não chega no aeroporto”, “não serve para quem usa bagagens”, “não atende a cidade de Guarulhos”, “liga nada ao lugar nenhum” etc. Prazos e promessas do poder público A ordem de serviço para as obras civis da foi assinada em 2013 com a promessa de conclusão para 2015, postergada depois para 2016, porém as obras realmente só progrediram ao ponto de ser possível a entrega da linha em operação assistida (e limitada, com um único trem operando) no primeiro quadrimestre de 2018.

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Tornar a CPTM subterrânea entre a Lapa e o Brás não é delírio

Contextualização Há alguns dias o COMMU publicou um artigo de minha autoria intitulado “As entrelinhas da preservação do Minhocão”, o qual foi gentilmente compartilhado pelo senhor Alexandre A. Moreira num grupo público do Facebook chamado “SP sem Minhocão!”, gerando uma reação por parte do senhor João Baptista Lago, o qual declara em seu perfil naquela mesma rede social ser fotógrafo, dirigir uma organização da sociedade civil, ser morador do bairro nobre de Santa Cecília e contar com uma formação acadêmica em universidades tradicionais, incluindo uma passagem pela França.

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Linha 4-Amarela, foliões e hipocrisia

Falta de educação? Nas redes sociais, predomina o discurso de que a Linha 4-Amarela (Luz-Butantã) foi vitimada pela falta de educação de alguns foliões, contudo, aquilo que parece ser mera opinião não passa de um posicionamento incoerente, fruto de posições ideológicas que defendem uma concessão repleta de garantias e cuja contrapartida da concessionária vencedora foi irrisória, conforme já discutimos no passado. É um posicionamento que precisa, desde já, ser questionado.

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Monotrilho vs. BRT: parte 1

Na metade de 2017, uma discussão surgiu em um de nossos posts no Facebook, nele divulgávamos uma notícia intitulada “Consórcio Intermunicipal ABC vai formalizar proposta de BRT no lugar de monotrilho na linha 18” e, a princípio, não havia motivo para escrevermos um artigo longo por sua causa, até recebermos alguns comentários reforçando pré-conceitos e concepções equivocadas sobre sistemas de monotrilho. O maior problema foi a impressão de que havia um otimismo exagerando envolvendo sistemas de BRT (Bus Rapid Transit).

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Procura-se um milagre

Negligência milagrosa Intitulado “Milagre é pegar um trem 3 segundos antes das portas se fecharem”, a crônica de Jéssica Moreira romantiza suavemente a convivência do passageiro com as intermináveis obras de modernização da CPTM e a conivência com o mau comportamento, aquele mesmo que todos sabemos ser o causador de inúmeros atrasos e acidentes, mas que muitas vezes ignoramos na correria cotidiana. Vamos direto ao ponto. Um passageiro segurou a porta do trem e a passageira desesperada (vou assumir que se tratava da própria cronista) saiu correndo para entrar.

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The Guardian reproduz senso comum em reportagem sobre São Paulo

Introdução Em 29 de novembro de 2017 o periódico britânico The Guardian publicou reportagem intitulada "The four hour commute: the punishing grind of life on São Paulo’s periphery", algo como “A viagem de quatro horas: o castigo da vida na periferia de São Paulo” em uma tradução livre. O texto é fruto de uma semana dedicada à cobertura de diversos aspectos da vida em São Paulo, no entanto, o olhar do jornal acabou resultando em algumas posturas que não parecem contribuir positivamente para a análise do problema, a começar pelo título, que além de ambíguo e caçador de cliques, acaba contribuindo para dobrar o problema de tamanho: permite a interpretação de que são quatro horas de viagem na ida e mais quatro horas de viagem na volta.

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Concessão dos terminais de ônibus do Metrô: cadê a participação social?

O terreno está pronto Originalmente se falou em 17 terminais, conforme nós do COMMU adiantamos em artigo publicado em 21/09/2016, mas parece que o número final já está fechado: 15, a maioria deles na Linha 3-Vermelha (Itaquera-Barra Funda). São Paulo terá 15 terminais de ônibus integrados a estações do...São Paulo terá 15 terminais de ônibus integrados a estações do Metrô concedidos à iniciativa privada. Veja quais serão ▶ Publicado por Governo do Estado de São Paulo em Sexta-feira, 25 de agosto de 2017 Ana Carolina Nunes, conselheira do CMTT pela mobilidade a pé em São Paulo (veja mais sobre a câmara temática aqui), dispara uma série de questionamentos que, dada a postura habitual do governo estadual, infelizmente ficarão sem respostas:

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9 situações em que a CPTM supera o Metrô

Prólogo Como costuma ser defendido em vários dos artigos publicados pelo COMMU, a Região Metropolitana de São Paulo tem hoje e cada vez mais, dois sistemas de metrô, um nascido pelas mãos do município e o outro, fruto da “costura” e de diferentes ferrovias, que continuam sendo modernizadas e transportando cada vez mais passageiros a cada ano. Décadas de desinvestimento e a passagem por uma série de periferias e cidades menos prestigiadas da metrópole, no entanto, colocam um dos sistemas no limbo.

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Clarinete ou saxofone? — A vitória do supérfluo

Introdução Não, não tem problema reclamar ou elogiar a maneira como uma concessionária decide se comunicar, a questão a ser levantada é outra: numa linha que tem apenas seis estações funcionando e não tem nem 15 km de extensão, é de se imaginar que uma boa parcela dos usuários não residam nos arredores de estações como Fradique Coutinho ou Butantã, é de imaginar que uma boa parte dos passageiros tenham saído da periferia da capital ou então de outros municípios da Região Metropolitana, utilizando pra isso outro meio de transporte, como a Linha 7-Rubi (Luz-Francisco Morato-Jundiaí) da CPTM até a Estação Luz ou então a Linha 3-Vermelha (Itaquera-Barra Funda) da Companhia do Metropolitano até a Estação República.

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Tapa cotidiano

Sábado. Faltam uns 10 minutos para as 9h. Os trens sentido Francisco Morato circulam normalmente e a demanda, naturalmente, é baixa. No primeiro carro todos se sentam e mesmo com o maior tempo de partida, típico de um final de semana, sobram assentos. Da Luz até a Barra Funda são cerca de cinco minutos, vencidos sem muito esforço pelo hoje surrado trem de origem eslovena. Mesmo com poucas pessoas para embarcar e desembarcar, quem está na plataforma se mostra impaciente.

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O recado do Trem Metropolitano

Primeiramente, não pretendo aqui fazer uma crítica elogiosa à Companhia Paulista de Trens Metropolitanos, CPTM, mas provocar aqueles que usam e que não usam os serviços da estatal, ou mais especificamente, provocar aqueles que usam esporadicamente, como em… situações de greve daquela outra empresa estatal, a Companhia do Metropolitano de São Paulo, Metrô. Como muito do que escrevo, há um verniz social aqui, ou seja, muito do que pode ser lido a seguir dialoga com opiniões pinçadas naquele ou naquele outro canto das redes sociais.

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Metrô 24 horas? Não é tão simples

Antes de começar… A Região Metropolitana de São Paulo possui dois sistemas ferroviários que transportam passageiros em regiões urbanas e suburbanas, um deles é operado pela Companhia do Metropolitano de São Paulo, que nasceu pelas mãos do município, enquanto o outro é operado pela Companhia Paulista de Trens Metropolitanos, que nasceu pelas mãos do governo estadual, visando unificar e remodelar antigos serviços para atender nossos densos e populosos subúrbios com um paradigma verdadeiramente metropolitano.

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Light pede falência da SuperVia: e agora, quem ainda quer brincar de privatizador?

Ok, a situação não é exatamente inédita, como podemos ver no fragmento abaixo, extraído da reportagem intitulada “Apesar da crise, governo aprova subsídio de R$ 39 milhões à Supervia”, datada de 15/12/2015: Segundo a Secretaria Estadual de Transportes, a SuperVia acumula contas de luz em atraso. Entre março e novembro, a energia elétrica teve alta de 89%, provocando um aumento nas contas da concessionária de R$ 5 milhões para R$ 11 milhões mensais.

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Uma visão geral sobre serviços expressos

E daí? Bom, você já deve estar perguntando: “tá, mas e daí que só tem duas vias?”, daí que construímos linhas com 40, 50 km, que não oferecem múltiplos serviços e todo mundo parece achar normal ir pingando o caminho inteiro, ou pior, todo mundo parece achar normal quase se matar para arranjar um assento no horário de pico. Vamos fazer contas. Um trem típico da CPTM tem 8 carros. Cada carro tem 32 pares de portas.

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Privatização: sonho, pesadelo, ilusão?

Pra começo de conversa O primeiro ponto que precisa ser deixado muito claro, é que o termo privatização é usado de forma indiscriminada e, nem sempre, clara. Sendo assim, muitas empresas privadas são ignoradas (o ônus é totalmente transferido à figura do Estado, contratante e/ou concedente) ou ganham absurda visibilidade (o ônus, novamente, costuma ser transferido à figura do Estado, agora por meio de comparações no quesito eficiência, como se fossem simples ou possíveis de serem feitas).

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15 ações para melhorar a CPTM na Zona Leste

Prólogo Para desatar o nó e o pessimismo que congela qualquer tipo de mobilização, decidimos propor 15 ações para tentar solucionar os problemas de mobilidade que afetam sobretudo os passageiros do Alto Tietê e parte da Zona Leste. Considerando que as linhas já existem e estão predominantemente em superfície, o custo é consideravelmente menor em comparação sistemas novos e em subterrâneo, por exemplo, no caso da expansão da Linha 5-Lilás (atualmente Capão Redondo-Adolfo Pinheiro), o investimento chega a R$ 4,5 bilhões.

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Entre um milkshake e um sufoco

Sim, é uma provocação. Quer ver um exemplo? Quer ver como faz falta ter mais gente discutindo sobre a vida nas cidades? Escrevo este post após ter conhecimento de uma iniciativa conjunta das organizações ITDP e WRI, muito louvável, mas... quando visitei a página “Infográfico aponta onde estão as pessoas e o transporte na cidade de São Paulo” no site do ITDP, fiquei assustado ao me deparar com um material que chama as linhas da CPTM de “Ramais de trem” — em sã consciência, quantos passageiros usam o termo “ramais” em São Paulo para se referir às linhas da CPTM?

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