Trens Metropolitanos

Outra concessão no horizonte: 17 terminais de ônibus do Metrô

Desestatização Sem dúvidas, a audiência é parte integrante de mais uma das manobras do programa de desestatização do Governo do Estado de São Paulo, tanto que no dia seguinte, 23/09/2016, está prevista outra audiência no mesmo local, que visará discutir a concessão da Linha 5-Lilás (atualmente Capão Redondo-Adolfo Pinheiro, futuramente Capão Redondo-Chácara Klabin). Neste caso, já há um evento no Facebook, organizado pelo Sindicato dos Metroviários de São Paulo, que convida interessados e interessadas a comparecerem para se opor às intenções do governo paulista.

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Reformada, Estação Poá apresenta qualidade aquém do esperado

Introdução A Estância Hidromineral de Poá é um pequeno município no Alto Tietê, que recentemente foi agraciado com a reinauguração da Estação Poá, na Linha 11-Coral (Luz-Guaianazes-Estudantes) fruto de uma readequação funcional realizada pela Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), com projeto da gestão atual da Secretaria dos Transportes Metropolitanos. Assim como as estações Franco da Rocha (reconstruída) e Vila Aurora (nova), ambas na Linha 7-Rubi (Luz-Francisco Morato-Jundiaí), o projeto é claramente pobre e contrasta duramente não só com as estações mais novas da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô), mas também com as estações novas da CPTM que foram projetadas na gestão anterior, sobretudo no governo de José Serra (PSDB).

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Uma mentira bem contada: a lenda da Linha 4-Amarela

Prólogo Para facilitar a leitura, vamos atacar diferentes pontos e desconstruir, pouco a pouco, ideias que parecem incentivar (por parte da população) mais concessões à iniciativa privada, ignorando o horizonte de longo prazo e também o histórico de investimentos na malha. Primeiro ponto: a linha é curta Conforme informações do site oficial da própria concessionária, mesmo concluída, serão apenas 12,8 km de extensão: Quando estiver totalmente pronta, a Linha terá 12,8 quilômetros de extensão e 11 estações, ligando a região Luz, no centro de São Paulo, ao bairro de Vila Sônia, na zona sudoeste.

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Mudança da Ceagesp pode afetar Linha 7-Rubi da CPTM

Atualização (20/07/2019): segundo o jornal Folha de Alphaville, o governo permanece avaliando as propostas e promete um parecer até o final do ano. O texto a seguir foi escrito em 2016 e continua válida uma boa parte dele. Entre Perus e Caieiras São informações colhidas em confirmadas em reportagem de hoje, 03/08/2016 da Folha de S.Paulo, jornal que costuma se lembrar da Linha 7-Rubi apenas quando tragédias ou falhas graves acontecem, a Ceagesp em Perus teria um contingente estimado em aproximadamente 30 mil trabalhadores, com 4 milhões de m² de área.

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A grama do VLT do vizinho é mais verde

Tenho ficado assustado com o apreço pela estética que tem sido defendido. Parece-me ser um tipo de apreço classista, que não dialoga com as desigualdades e surge de impressões ainda muito preliminares e, portanto, pouco maduras. Ao invés de buscar entender a proposta das linhas e qual o público que se pretende atender, a discussão não avança além da polarização entre feio e bonito, que se mistura com o desejo de romper com o rodoviarismo que ainda recorta e molda cidades pouco humanas.

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Duas linhas da CPTM podem parar nas mãos da iniciativa privada

Prólogo A ideia de conceder a CPTM à iniciativa privada não é nova, na realidade, a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos nada mais é do que uma empresa que planeja e projeta a expansão de uma malha que é totalmente dependente da contratação de empresas privadas para funcionar, seja na manutenção dos trens, passando pela limpeza das estações e atendimento de balcão, até chegar nas obras de modernização da infraestrutura.

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Arrastão na Linha 11: cadê o debate sobre políticas públicas?

A imprensa, sempre a imprensa Agora a crítica não vai para o Estadão, mas para a Globo, que por meio de seu portal G1 e da afiliada TV Diário, decidiu cobrir algo que, até então, só havia sido comentado no Twitter: @tamara_its arrastão? — Linha 11 Coral (@Linha11Coral) April 23, 2016 @tamara_its nossa, que horas aconteceu isso? — Linha 11 Coral (@Linha11Coral) April 23, 2016 E qual o problema da cobertura feita pela emissora e seu portal de notícias?

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Prata da casa

Construção rápida, melhor inserção no tecido urbano e menor custo de implantação. Estas foram algumas das promessas em relação ao novo modal de transporte apresentado em meados de 2009 pelo então governador do estado de São Paulo, José Serra (PSDB), em parceria com o então prefeito da capital, Gilberto Kassab (PSD). O projeto do monotrilho foi apresentado tanto como alternativa ao então corredor de ônibus Expresso Tiradentes, proposta original para o eixo mas que supostamente não daria conta da alta demanda da região, como também foi vendida como uma forma mais rápida de levar o Metrô aos bairros mais distantes e necessitados de transporte.

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Continuam tingindo a CPTM de cinza

Vamos brincar Vou propor aqui uma coisa bem simples: de 1 a 4, teremos algumas colocações sobre a realidade de quem depende do transporte sobre trilhos, leia, pense na malha de trens da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e no quanto as colocações parecem verdadeiras ou falsas, em seguida, continue lendo o nosso texto. Pronto? Então vamos lá! “A situação econômica não é boa (…) Pessoas estão enfrentando dificuldades para procurar um emprego e permanecer nele.

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Novo aeroporto em Caieiras: a CPTM está preparada?

Introdução Caieiras é um pequeno e jovem município, com 57 anos de existência, possuindo menos de 100 mil habitantes e uma área de aproximadamente 97 mil km² . Legenda: Adaptado de: IBGE Cidades para o município de Caieiras Com a notícia acima, como ficará Caieiras? Sendo a CCR a adquirente e vencedora para explorar o direito de operar um aeroporto, como fica a CPTM, sendo que a mesma empresa detém a concessão das rodovias Anhanguera e Bandeirantes?

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Precisamos falar sobre o Expresso Leste

Introdução Com a inauguração da Estação Suzano sendo adiada pela nona vez — a promessa agora é entregá-la em fevereiro/2016, embora o contrato, que deveria durar 15 meses, tenha sido assinado em outubro/2010 — , é chegada a hora de cutucar um pouco a ferida do Expresso Leste, parte da Linha 11-Coral (Luz-Guaianazes-Estudantes) da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos, a CPTM. O Expresso Leste hoje é um trecho com 24 km na Linha 11, no qual o passageiro desfruta integralmente de trens com ar condicionado, baixos intervalos (nos picos, um trem a cada quatro minutos em média) e estações mais modernas, numa ligação paralela à Linha 3-Vermelha (Barra Funda-Itaquera) da Companhia do Metropolitano, sendo o único serviço expresso sobre trilhos da Zona Leste e também de toda a malha de trilhos da Região Metropolitana de São Paulo.

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A linha de metrô mais barata de São Paulo

Bem, é. Convenientemente, os discípulos do rodoviarismo deixaram aberta essa possibilidade com o imenso espaço, sem cruzamentos, lisinho, do eixo rodoviário que corta a cidade de norte a sul. As faixas centrais desse eixo têm mais do que a largura necessária para se passar por elas um trem; só precisariam ser feitos túneis em alguns momentos (para as estações — nem todas — e nos trevos), mas muito poucos comparados com o tamanho da linha que seria criada.

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Nós já estamos acostumados, não se preocupe

Não sabemos se o trem vai demorar 10 ou 40 minutos, não sabemos também se ele vai a 60 ou 10 km/h, pior, não sabemos quão duras serão as filas que poderemos enfrentar, principalmente se uma parte da linha estiver interrompida e o trajeto precisar ser completado por ônibus do chamado PAESE (Plano de Apoio entre Empresas em Situação de Emergência). Introdução A Companhia Paulista de Trens Metropolitanos foi criada por força da Lei nº 7.

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Estação General Miguel Costa e as múltiplas facetas da falta de infraestrutura

Introdução Segundo notícia de 26/06/2013 do Blog Mural da Folha de São Paulo, os passageiros e moradores da região esperam há quase 10 anos por um terminal de ônibus, é o que releva o seguinte fragmento: Desde 2006, projetos de um terminal são divulgados pelas prefeituras dos municípios. Entretanto, não há prazo para a conclusão. “Faz oito anos que eu escuto isso. Não acredito mais”, afirma o orçamentista gráfico Cléo Frari, 32.

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Os tropeços na reconstrução da Estação Antônio João

Prólogo A estação tem passado por um processo de anacronismo, relacionado por transformações não só nos serviços da CPTM, como também na região em que está inserida (Aldeia de Barueri). Antônio João, cada vez mais, mostra ser uma estação que estagnou e cujas formas e ambiente refletem uma realidade que há muito deixou de existir. Cronologia Acompanhe a seguir uma série de acontecimentos relevantes, todos a partir do novo milênio:

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Vamos acabar com os trens em Mogi das Cruzes? (Ou como tentar resolver um problema criando outro muito pior)

Não, não estamos falando de pedir por racionalidade na infraestrutura viária, cedendo espaço para pessoas e transporte público. Infelizmente, estamos falando do inverso, de remover trilhos da CPTM, acabando com os trens. Tudo para abrir uma nova avenida para automóveis. O equívoco Abaixo reproduzimos o discurso que levou à produção do artigo. Trata-se da reprodução do original, publicado num grupo de discussão sobre a cidade de Mogi das Cruzes: “deixa eu dar um ponto de vista pois não conheço a cidade direito , não seria mais pratico este trem que vem de sp, parar antes da cidade e eliminar estas linhas que atravessam ela,travando o transito pois tem horas que o trem é a cada 10 minutos?

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Integrando linhas da CPTM por meio do Rodoanel

Introdução Ainda que desperte uma problemática própria, o Rodoanel visa reduzir a indução de ocupações informais lindeiras, para tanto, a principal medida do Governo do Estado de São Paulo, visando também preservar o propósito primordial da rodovia (retirar veículos e caminhões de passagens de outras vias da capital e cidades da Região Metropolitana de São Paulo), foi de reduzir deliberadamente a quantidade de acessos ao anel rodoviário. Trata-se de um aspecto que limita, por exemplo, o potencial de park and ride (estacionamento para deixar o carro e ir de transporte coletivo) nas estações propostas, ainda que não signifique sua eliminação por completo.

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CPTM cumpre promessa e faz reunião com blogueiros e ativistas

Introdução O encontro, prometido no mês de abril, na verdade, foi mais um bate-papo, onde o presidente se apresentou, falou um pouco de suas ações nestes três meses a frente da empresa e respondeu alguns questionamentos dos presentes. Legenda: O presidente da CPTM, Paulo de Magalhães, fala aos presentes Dentro os assuntos abordados, falou-se do comércio ambulante, de planos de evacuação em situação de emergência, atualização do site oficial e do aplicativo e assuntos relacionados aos projetos de modernização da malha da empresa, como novos trens regionais (também chamados de trens intercidades ou trens de média de distância), reformas de estações e novos trens para a frota de metropolitanos.

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Metrô: uma década dos mesmos argumentos para justificar a lotação e atrasos

Introdução Os textos da Folha que serão criticados a seguir foram publicados em 30/05/2015, sendo assinados pelo mesmo autor. Observa-se neles a insistência numa visão provinciana dos serviços do Metrô, como se São Paulo fosse uma espécie de ilha, não possuindo qualquer configuração metropolitana e, para piorar, também houve um baixo teor crítico em vista dos desafios que a população enfrenta, tornando tudo incrivelmente conveniente ao governo estadual, inclusive pelo esquecimento da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) — parece ser uma especialidade da Folha — , que há anos se encontra integrada à malha do Metrô e passa por um processo controverso de conversão para um serviço de metrô, ainda que de caráter mais suburbano em vista do tamanho de suas linhas, por fim, houve a utilização desonesta de uma pesquisa.

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O Grande ABC precisa de um trem expresso

Introdução Atualmente o Grande ABC conta com uma ligação metroferroviária em funcionamento, a Linha 10-Turquesa (Brás-Rio Grande da Serra), tramo centro-sudeste dos extintos serviços de trens urbanos da antiga Linha Noroeste-Sudeste da Superintendência de Trens Urbanos de São Paulo (STU/SP) da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), cujas atribuições no Estado de São Paulo foram assumidas pela Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) em 1994. Há mais de 10 anos atrás, a Linha 10 tinha um perfil de atendimento um pouco diferente: possuía um serviço de extensão operacional para a vila de Paranapiacaba e terminava na Estação Palmeiras-Barra Funda.

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