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Texto-resposta: para ampliar a malha cicloviária mogiana, não é preciso prejudicar o crescimento do transporte sobre trilhos e ameaçar o (pouco) espaço a ele dedicado

Introdução O objetivo deste artigo é discutir alguns aspectos de uma proposta elaborada pelo Coletivo MTB - Mogi das Cruzes, Colégio de Arquitetos e pelo arquiteto Paulo Pinhal e apoiada por BiciMogi e Rede Nossa Mogi das Cruzes. Para tanto, citamos alguns trechos, tal como foram publicados quando da elaboração deste texto-resposta, para, em seguida, fornecermos nosso ponto de vista enquanto um coletivo de mobilidade que atua na escala metropolitana e, logo, entende que o papel da Linha 11-Coral (Luz-Estudantes) está fortemente associado a vida não só na Zona Leste de São Paulo, mas também nos municípios da Sub-região Leste da RMSP (Região Metropolitana de São Paulo), nomeadamente Ferraz de Vasconcelos, Poá, Itaquaquecetuba e Mogi das Cruzes.

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Tensões entre comerciantes e ciclistas reforçam por que São Paulo peca em qualidade de vida

Contextualização Como temos divulgado, os meses de maio e junho de 2019 são especialmente importantes para a mobilidade ativa na capital paulista, pois uma série de audiências do plano cicloviário estão ocorrendo em paralelo com a consulta online. Em 31/05/2019 foi a vez da audiência para a região Leste 1, que abrange as subprefeituras Penha, Mooca e Vila Prudente. Este texto tem como proposta ser um relato que rebate brevemente alguns dos absurdos proferidos durante a audiência, não se propondo a substituir um artigo anterior que rebate argumentos anti-ciclovia.

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Plano Cicloviário de São Paulo vai para aprovação em audiências públicas

Depois de organizados 10 workshops onde uma centena de ciclistas se reuniu com técnicos da CET, SMT, colaboradores da Iniciativa Bloomberg (BIGRS) e os membros da Câmara Temática de Bicicleta , encontra-se em fase de sistematização e aprovação a nova versão do Plano Cicloviário de São Paulo, acessório ao Plano Municipal de Mobilidade Urbana — PlanMob/2015 . A cidade de São Paulo, que teve a expansão da infraestrutura de segurança cicloviária completamente suspensa pelo ex-prefeito João Dória, apesar de protestos , acena intenções de finalmente retomar a instalação de ciclovias e ciclofaixas, e de levar a sério o compromisso da Visão Zero reconhecido pelo Plano de Segurança Viária e o objetivo presente no Plano de Metas da gestão de reduzir de 7,07 para 6 mortes/100 mil habitantes.

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BikeSP e o Cartão Ciclista

Quem nunca experimentou, provavelmente tem uma certa preguiça de ir para o trabalho de bicicleta. Muitas vezes por nunca ter pensado na possibilidade ou simplesmente acreditar que o trajeto seja inviável. Mas quem faz seus deslocamentos para o trabalho de bicicleta geralmente começou com o apoio de outros ciclistas. É uma transição bem intimidante de se fazer sem nenhum incentivo. Legenda: Bicicletário de funcionários na Reitoria da Universidade Federal de São Paulo Como forma de estimular o uso da bicicleta como meio de transporte, em setembro de 2016, a gestão Haddad aprovou a Lei Nº 16.

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Ciclovias compartilhadas

Legenda: Largo São Bento. Fotografia: Nicolas Le Roux Só pra explicar uma coisa sobre “ciclovias sobre calçada” que quase ninguém parece saber, nem mesmo o novo prefeito eleito. Pensei nisso porque esta foto é particularmente explicativa e me lembrou do assunto. É extraordinário o descaso generalizado com as calçadas de São Paulo. Por quê? Porque apesar de ser passeio público, desde um decreto-lei da década de 50 as calçadas são responsabilidade dos proprietários do lote lindeiro.

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Yellow em São Paulo

Dia 31 de julho de 2018, não estava muito empolgado. Sabia que pela regulamentação da Prefeitura de São Paulo, os novos sistemas de compartilhamento de bicicletas estavam para chegar. Foi anunciado que as novas licenças das OTTCs (Operadoras de Tecnologia e Transporte Credenciadas) dockless passariam a valer em agosto, aparentemente. 1° de agosto, ainda não muito empolgado. Parece que seriam 3 empresas que iriam lançar seus serviços. As bicicletas sem estação podem ser estacionadas em qualquer lugar da cidade.

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Relato da audiência pública da Ciclovia Domingos de Morais

Podemos, felizmente, começar pela fala final do secretário Sérgio Avelleda que sintetizou a audiência: tivemos uma contagem de 132 pessoas, aproximadamente, participando da audiência, e foi declarado unânime o desejo favorável à implantação da ciclovia. A ciclovia será feita em 4 trechos separados, cada um com uma tipologia, o que gerou uma certa confusão entre os presentes, mas que foi aceito — desde que a prefeitura instale todos os segregadores de segurança.

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Estrutura do automóvel como régua

Legenda: A Short History of Traffic “Engineering”, de Copenhagenize Design Co. O condicionamento do traçado da ciclovia à estrutura de uma via expressa, numa situação em que o meio mais lento deve se adaptar ao mais rápido, acaba por criar situações extremamente desfavoráveis aos ciclistas, como a necessidade de percorrer um trajeto muito maior do que o razoável para o deslocamento, por conta da baixíssima conectividade inerente à estrutura, com muito poucas oportunidades de travessia sinalizada.

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O momento chegou: a ciclovia na Paulista foi inaugurada

Quando comecei a fazer faculdade, em 2009, passei de fato a utilizar o transporte público da cidade diariamente. Para chegar à faculdade a minha linha passava pela Avenida Paulista inteira. A linha era lotada e infernal, situação que se atenuou com o tempo. Por alguns anos utilizei aquela linha diariamente e passei a constatar que vários ciclistas utilizavam aquela via, mesmo que muito congestionada. Me questionava a razão de preferirem trafegar por ali ao invés das vias paralelas.

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O que ciclovias podem realmente fazer pela mobilidade?

Ciclovias estão entre os temas mais polêmicos dos últimos tempos aqui na cidade de São Paulo. Um dos argumentos que mais ouço nos debates sobre a validade desse investimento é o de que poucas pessoas usam bicicleta e, por isso, elas não deveriam merecer tanta atenção do poder público. Eu, como ciclista recente e pessoa atrapalhada, sei a diferença crucial que ela faz na segurança. Então a principal razão que eu defendo para apoiar ciclovias é: elas salvam vidas e isso vale qualquer investimento.

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Rebatendo argumentos anti-ciclovia

Em 21/02/2015, sábado, a Folha de S.Paulo divulgava na sua página no Facebook a reportagem “Justiça manda Prefeitura de SP retirar ciclovia da frente de colégio particular”. Com comentários no Facebook que tentam minar qualquer perspectiva de tornar São Paulo uma cidade mais humana e menos carrocêntrica, decidi então, rebatê-los, tentando qualificar mais o debate, colocando várias fontes e informações, tentando “arejar” um pouco as discussões. Faltou planejamento! As pessoas não são contrárias às ciclovias/ciclofaixas, apenas querem planejamento… É um argumento muito utilizado, mas extremamente frágil.

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Ciclistas, esses rebeldes

Bagunça, invasão, vandalismo. Esforço-me pra entender em que momento a bicicleta ganhou essa conotação de subversão aqui em São Paulo. Ler os relatos de moradores revoltados contra as ciclovias que brotam da noite pro dia nas ruas de São Paulo chega a ser um exercício antropológico. É como se entrássemos em um universo desconhecido para muitos ciclistas: a cabeça das pessoas que não conseguem enxergar as necessidades coletivas da cidade.

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