ecofascismo

Quadrilátero de luxo não é “oásis”

O recente caso do Quadrilátero Vilas do Sol, mais uma vez, expõe uma argumentação criativa (para não dizer desonesta) e polarizadora, que pouco contribui para a construção de uma agenda robusta em torno da melhoria da urbanidade das cidades da RMSP (Região Metropolitana de São Paulo). Pelas falas de Nabil Bonduki (PT), vereador eleito na última eleição, a região apresenta um modelo que equilibra a verticalização. Discurso perigoso. Luxo, herdeirismo e hipocrisia.

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Luxo, herdeirismo e hipocrisia. Nabil, você legislará para quem?

Lamentavelmente, de novo, encontramos um mandato de um partido de origem operária e metalúrgica se perdendo nos devaneios de herdeiras milionárias e, pior, oferecendo combustível para avaliações distorcidas do espaço. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Nabil Bonduki (@nabil_bonduki) Legenda: Publicação compartilhada por Nabil Bonduki em parceria com o Pró-Pinheiros em 23 de fevereiro de 2025 Considerando a defesa da mudança do conjunto de lotes que compõe um minúsculo perímetro de Pinheiros batizado como “Vilas do Sol” para ZPR (Zona Predominantemente Residencial), gostaríamos de entender por qual motivo determinadas características estão sendo atribuídas de maneira exagerada e irrazoável.

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São Paulo não está inchada! Por um Centro Expandido denso e acolhedor

No último domingo, 10, o Movimento Salve a Sena Madureira, bem como outros grupos ativistas, organizaram uma concentração na região da Praça Lasar Segall. Nosso membro e morador da região, Lucian De Paula, esteve presente e fez uma fala importantíssima sobre direito à moradia. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Lucian De Paula (@lucian.dp) Legenda: Fala de Lucian De Paula, conforme publicação no Instagram Não é utopia lutar pelo direito de residir no mesmo bairro no qual existem vínculos de trabalho, de estudo e de saúde.

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Direito de criticar a preservação das Vilas do Sol deve ser respeitado

Para defender um centro comercial e residencial de luxo, a Gazeta de Pinheiros, mais uma vez, retomou a interpretação ingênua do Plano Diretor Estratégico, reforçando uma noção genérica de “trabalhadores” e “interesses imobiliários”. Em tela, mais uma vez, quem especula com restrições artificiais é tratado como herói, enquanto a produção imobiliária é generalizada como uma casca vazia e de utilidade duvidosa. Legenda: Galeria da viagem ao quadrilátero em abril de 2024.

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Seu “ecobairro”, nossa humilhação. Uma paisagem que tritura a maioria

O cinismo da discussão em torno da suposta preservação ambiental da capital paulista, que estimula a urbanização difusa (chamada de urban sprawl, em inglês), muitas vezes a partir de favelas e loteamentos de origem clandestina ou irregular, produz outro efeito colateral bastante preocupante: o esgarçamento da escala local, negando São Paulo como metrópole e outros 38 municípios como integrantes de sua região metropolitana. De olho no preocupante fenômeno de associações de moradores, organizações não governamentais e indivíduos supervalorizarem a escala local, no que parece um possível efeito do fenômeno descrito por Mike Davis e citado por David Harvey com relação ao mercado imobiliário estadunidense, ou seja, um comportamento exacerbador do direito de propriedade que resulta num “microfascismo de vizinhança”, passei a olhar mais cuidadosamente para a urbanização difusa sem abandonar um olhar voltado à classe social e, sobretudo, à concentração de renda.

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Em São Paulo, o campo progressista ainda não despertou para a emergência climática. Entenda

Contextualização Recentemente, veiculamos em nossas mídias (Telegram, Mastodon e Facebook) um artigo do portal ((o))eco sobre emergência climática e, francamente, é doloroso compartilhar qualquer material a respeito. Se, de fato, estamos cruzando a linha e impondo danos irreversíveis ao planeta, pelo visto, o recado ainda não chegou na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP). A ideia de emergência climática, mesmo que respeitada e propagada pelo campo progressista, não está devidamente conectada com as ações enérgicas necessárias para frear a catástrofe produzida pelo egoísmo e ignorância do ser humano.

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