jornalismo

O pior do rodoviarismo é a narrativa

O Diário do Grande ABC publicou hoje, 09/01/2017, uma reportagem intitulada “Avenida dos Estados e seus velhos problemas”, da qual os dois fragmentos abaixo foram extraídos: Principal ligação entre o Grande ABC e a Capital, passando por três cidades da região — Santo André, São Caetano e Mauá — a via segue com deficiências estruturais, entre elas remendos malfeitos no asfalto, falta de sinalização viária adequada, vegetação alta em diversos trechos, erosão às margens do Rio Tamanduateí, além dos já tradicionais congestionamentos.

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Arrastão na Linha 11: cadê o debate sobre políticas públicas?

A imprensa, sempre a imprensa Agora a crítica não vai para o Estadão, mas para a Globo, que por meio de seu portal G1 e da afiliada TV Diário, decidiu cobrir algo que, até então, só havia sido comentado no Twitter: @tamara_its arrastão? — Linha 11 Coral (@Linha11Coral) April 23, 2016 @tamara_its nossa, que horas aconteceu isso? — Linha 11 Coral (@Linha11Coral) April 23, 2016 E qual o problema da cobertura feita pela emissora e seu portal de notícias?

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Eles não desistem!

E saiu mais um editorial pra lá de questionável do Estadão, que faz uso de argumentos baseados numa necessidade de rigorosos estudos de demanda e impacto de vizinhança para justificar a expansão cicloviária (dando a entender que absolutamente nada existe, o que não é bem verdade). Novamente, não ficaremos calados! A verdade é uma só: o Estadão é, historicamente, conivente e negligente na cobertura das questões do transporte coletivo em toda a metrópole, de Francisco Morato a Mogi das Cruzes, de Itapevi a Rio Grande da Serra, passando pelas regiões mais nobres ou mais estigmatizadas da capital paulista, o periódico sempre mediu esforços, tendo uma equipe minúscula (principalmente nos dias atuais) e, não seria exagero dizer, nada incentivada a pautar com seriedade e abrangência o transporte metroferroviário e o incentivo irresponsável ao automóvel (que não é restrito ao IPI, como alguns tentam mostrar, criticando seletivamente parte do Estado Brasileiro).

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Continuam tingindo a CPTM de cinza

Vamos brincar Vou propor aqui uma coisa bem simples: de 1 a 4, teremos algumas colocações sobre a realidade de quem depende do transporte sobre trilhos, leia, pense na malha de trens da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e no quanto as colocações parecem verdadeiras ou falsas, em seguida, continue lendo o nosso texto. Pronto? Então vamos lá! “A situação econômica não é boa (…) Pessoas estão enfrentando dificuldades para procurar um emprego e permanecer nele.

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Quatro minutos a mais na marginal ou mais de quatro décadas com menor qualidade de vida?

Introdução Usando contra a Folha de S.Paulo material da própria Folha de S.Paulo, lembremos de uma célebre frase do arquiteto e urbanista Jaime Lerner: “ O carro é o cigarro do futuro A declaração foi feita no Fórum de Mobilidade Urbana organizado pelo jornal em 2013, como podemos verificar aqui. Na altura, Lerner foi usado para depreciar as ações da prefeitura da capital paulista em relação aos ônibus, agora, de forma menos discreta, o tablóide paulistano expressa sua preocupação com a perda de 4 minutos devido à redução do limite de velocidade nas pistas expressas.

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Metrô: uma década dos mesmos argumentos para justificar a lotação e atrasos

Introdução Os textos da Folha que serão criticados a seguir foram publicados em 30/05/2015, sendo assinados pelo mesmo autor. Observa-se neles a insistência numa visão provinciana dos serviços do Metrô, como se São Paulo fosse uma espécie de ilha, não possuindo qualquer configuração metropolitana e, para piorar, também houve um baixo teor crítico em vista dos desafios que a população enfrenta, tornando tudo incrivelmente conveniente ao governo estadual, inclusive pelo esquecimento da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) — parece ser uma especialidade da Folha — , que há anos se encontra integrada à malha do Metrô e passa por um processo controverso de conversão para um serviço de metrô, ainda que de caráter mais suburbano em vista do tamanho de suas linhas, por fim, houve a utilização desonesta de uma pesquisa.

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Querem te fazer acreditar que o trânsito de São Paulo nunca vai melhorar

Hoje o programa global SPTV 1ª edição exibiu uma matéria sobre a queda na lentidão do trânsito anunciada pela CET. Segundo os dados da Companhia, no último ano houve 10% menos lentidão ao longo do dia. A explicação dada é que a criação de faixas de ônibus e ciclovias ajudou a desestimular o uso do automóvel e, com isso, diminuíram os congestionamentos. No caso dos ônibus, a melhora é bastante clara — chega a incríveis 317,3% no trecho da ponte do Jaguaré, por exemplo.

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Por que os feriados prolongados são uma ótima oportunidade para irmos além das rodovias?

Introdução Quem vive em São Paulo (na capital ou em outras cidades que compõem a Região Metropolitana de São Paulo) sabe que a cada feriadão, a cena se repete: centenas de milhares aproveitam a maior quantidade de dias de descanso para fugir da metrópole. Além daqueles que visitam cidades fora do Estado de São Paulo, uma parcela expressiva busca refúgio no campo ou na praia, o que significa ir para o interior ou para o litoral do estado.

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Falhas e mais falhas nos trens da Linha 10-Turquesa da CPTM

Atualização (05/01/2019): ao longo dos últimos anos (2018 e 2017, principalmente), os problemas ligados à manutenção dos trens da série 2100 parecem ter sido significativamente mitigados ou superados, de forma que não foram mais observados os incêndios e incidentes graves que aterrorizaram passageiros quando este artigo foi originalmente escrito. O artigo segue no ar para registrar o tipo de postura negligente que a CPTM e as empresas por ela contratadas podem adotar, com prejuízos difíceis de serem ressarcidos.

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Rebatendo argumentos anti-ciclovia

Em 21/02/2015, sábado, a Folha de S.Paulo divulgava na sua página no Facebook a reportagem “Justiça manda Prefeitura de SP retirar ciclovia da frente de colégio particular”. Com comentários no Facebook que tentam minar qualquer perspectiva de tornar São Paulo uma cidade mais humana e menos carrocêntrica, decidi então, rebatê-los, tentando qualificar mais o debate, colocando várias fontes e informações, tentando “arejar” um pouco as discussões. Faltou planejamento! As pessoas não são contrárias às ciclovias/ciclofaixas, apenas querem planejamento… É um argumento muito utilizado, mas extremamente frágil.

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Um olhar para a região do Itaim Bibi no âmbito do transporte público

O jornal Estadão tem exibido uma série sobre os bairros da capital paulista, recentemente chegou a hora do famoso Itaim Bibi ser abordado. Legenda: Rua das Olimpíadas Imediatamente fizemos algumas observações no Facebook ao ler uma matéria voltada ao Itaim Bibi. Para facilitar a vida do leitor, transcrevemos abaixo as observações feitas na forma de comentário na rede social: Sentimos falta de uma exploração melhor em relação à CPTM. Na matéria destacada, por exemplo, apenas o Metrô é lembrado como “fortalecedor”, com uma menção vaga aos ônibus, mas não é bem assim… vale dizer que, enquanto a região era requalificada, os trens da Fepasa, da então Linha Sul (atual Linha 9-Esmeralda) nem paravam na região, cerca de 20 anos foram necessários até que os investimentos fossem retomados (as estações citadas, Cidade Jardim e Vila Olímpia, são do comecinho do novo milênio), num programa chamado pela CPTM de Dinamização da Linha Sul.

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Ciclistas, esses rebeldes

Bagunça, invasão, vandalismo. Esforço-me pra entender em que momento a bicicleta ganhou essa conotação de subversão aqui em São Paulo. Ler os relatos de moradores revoltados contra as ciclovias que brotam da noite pro dia nas ruas de São Paulo chega a ser um exercício antropológico. É como se entrássemos em um universo desconhecido para muitos ciclistas: a cabeça das pessoas que não conseguem enxergar as necessidades coletivas da cidade.

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Um olhar para a CPTM e seu atendimento ao Centro, Mooca e Ipiranga

Introdução Para começar, vou me restringir a São Paulo, praticamente único alvo da discussão (Brasília e Rio de Janeiro são exemplos de duas cidades que foram citadas pelos presentes, mas São Paulo dominou a discussão, o que já era esperado). Como muitos sabem, o chamado Centro Velho ainda enfrenta nos dias atuais problemas de degradação, falta de políticas para habitação (incluindo a regularização de ocupações, a requalificação de imóveis sem utilização para abrigar moradia social, a instalação de equipamentos públicos que permitam um uso misto mais confortável para quem trabalha e mora na região etc) e apesar disso, é contemplado com uma infraestrutura de transporte coletivo no mínimo interessante, ademais, pretendo expandir um pouco a zona de abrangência, acreditando em oportunidades desperdiçadas em outros pontos da cidade, notadamente na Zona Leste, em bairros com antiga vocação industrial, como Moóca e Ipiranga.

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180 serviços ao longo das marginais e nenhum tornou relevante a menção da Linha 9 da CPTM

Introdução Recentemente a revista sãopaulo (um complemento do jornal Folha de S.Paulo) abordou os serviços disponíveis ao longo das marginais Pinheiros e Tietê, destacando alguns números a respeito dos 180 serviços que encontraram (talvez nem todos impressionantes, mas não vem ao caso). Surpreendentemente, em nenhum momento a Linha 9–Esmeralda da CPTM foi citada na matéria. Legenda: Diagrama contendo as estações da Linha 9 Como podemos ver no diagrama acima, a Linha 9 conta com 18 estações e, segundo dados oficiais, transportou mais de 550 mil passageiros por dia em 2012.

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