política

Os tristes exemplos de uma esquerda urbanisticamente reacionária

Introdução Há cerca de três anos, temos discutido como os rumos da revisão do Plano Diretor Estratégico de São Paulo, sancionado hoje com alguns vetos pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB), não eram adequados. Nosso descontentamento com a oposição não se limitou aos artigos publicados no site do Coletivo, invadindo periodicamente dimensões da vida pessoal. Neste artigo, trazemos um compilado de objeções em relação à revisão e argumentos chamando a atenção para problemas narrativos, discursivos ou argumentativos, para tanto, pedimos ao ChatGPT para parafrasear uma série de publicações no Twitter, em seguida, adaptamos respostas e comentários feitos por diferentes pessoas do COMMU.

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Menos Centro Expandido, mais periferia expandida

Discutir legislações áridas e complexas, como são aquelas que regulam a vida e a circulação de pessoas e mercadorias nas cidades, é um desafio considerável, que demanda tempo e paciência. No caso das recentes discussões sobre a revisão do PDE (Plano Diretor Estratégico) da capital paulista, mais do que artigos e alíneas, salta aos olhos o foco excessivo nas paisagens que se consolidaram no perímetro conhecido como Centro Expandido, ou seja, no interior das vias que compõem o chamado mini-anel viário e nas quais incide o rodízio de veículos.

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Sonho molhado da casa com quintal não combina com Centro Expandido

Quando convido urbanistas da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da Universidade de São Paulo (USP) a deixarem São Paulo, não estou expulsando ninguém, até porque, nem eu, nem qualquer pessoa deste Coletivo, tem o poder e o desejo de expulsar intelectuais. Trata-se de uma provocação. Talvez explícita, talvez deselegante, mas, ainda assim, uma provocação. Esse texto é um exemplo do que eu disse, fica importando soluções dos EUA e achando que é vanguarda do conhecimento técnico.

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Moradia e infraestrutura não podem virar pretexto contra verticalização

A necessidade de moradia popular é inegável, no entanto, não é possível acreditar que o discurso contrário à verticalização, que transformou intelectuais progressistas em aliados de associações reacionárias de bairro, virtualmente criando uma linha auxiliar à direita de Ricardo Nunes (MDB), possui em seu bojo a exclusão porque encampa uma noção favorável à moradia popular. Intelectuais incorporam discurso contra verticalização e prejudicam debate “Todo mundo quer poder morar numa casa, ou num bairro que tenha uma verticalização não tão grande”, assim começa a fala de Paula Santoro, uma das representantes da intelectualidade da Universidade de São Paulo (USP).

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Intelectuais incorporam discurso contra verticalização e prejudicam debate

“Todo mundo quer poder morar numa casa, ou num bairro que tenha uma verticalização não tão grande”, assim começa a fala de Paula Santoro, uma das representantes da intelectualidade da Universidade de São Paulo (USP). A construção de prédios em vez de casas vai desconfigurar bairros, destruir quadras e, por consequência, modos de vida. O alerta é da coordenadora do LabCidade, @paulafsantoro. Em entrevista na @CBNoficial , Paula detalhou os efeitos nefastos do PL da revisão do Plano Diretor.

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Discutir cidades é discutir consumo, mesmo que não pareça

Cada vez mais, estou convencido de que o cerne das péssimas discussões urbanísticas está no consumo. Uma parcela do campo progressista parece viver uma síndrome de impostor quando se trata das trocas que realiza em um ou mais mercados. O consumo se entrelaça com uma série de padrões demográficos, dando indícios sobre renda, deslocamentos, nível educacional, entre outros aspectos. É a partir do consumo que sedimentamos nossa relação com a cidade.

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Subsídio às montadoras impulsiona narrativas abjetas no Twitter

Antes que qualquer um de nós conseguisse compreender profundamente as mudanças propostas para o plano diretor paulistano, o anúncio de uma política federal de incentivo a automóveis precificados em até R$ 120 mil, passou a bombardear nossas linhas do tempo na rede social do canário mimado. Apoiadores — e até mesmo alguns opositores! — do governo Lula passaram a defender a posse do automóvel, construindo espantalhos e generalizando situações pontuais para todo o Brasil.

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[VÍDEO] Hipocrisia na Revisão do Plano Diretor de São Paulo

Neste vídeo, Caio César, um dos idealizadores e fundadores do Coletivo, aponta os contornos contraditórios em torno do processo de revisão do Plano Diretor Estratégico da capital paulista. Crítico às alianças da esquerda com atores flagrantemente reacionário, como diferentes associações de bairros do Centro Expandido, César faz um apelo em prol de um debate que inclua a periferia e suas infraestruturas, como as linhas da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos).

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Alta dos combustíveis e a falta de consciência

É lamentável que a experiência adquirida com a implantação e operação de ônibus elétricos convencionais, por exemplo, não tenha nenhum papel relevante para ensejar propostas nas campanhas. O surgimento do Corredor Metropolitano ABD, que atende aos municípios de Diadema, São Bernardo do Campo, Santo André e São Paulo, é fruto de uma série de esforços envidados a partir da década de 1970, marcada pelos choques que ficaram conhecidos como crises do petróleo e, mesmo assim, parece não servir de exemplo, tanto com relação aos acertos, quanto com relação aos equívocos.

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Quem se importa com o transporte público na Região Metropolitana de São Paulo?

Ninguém se importa. A capital paulista elegeu uma gestão inócua no campo da mobilidade e só agora pode comemorar, após quatro anos, a inauguração de menos de 2 km de faixas exclusivas. A região metropolitana, fragmentada em quase 40 municípios, segue pouco coesa e poucos são os municípios realmente aproveitáveis em termos de política de mobilidade, mesmo que equivocada. Concessões de rodovias são renovadas, ampliadas ou celebradas sob o silêncio perturbador da ignorância e da indiferença.

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Você sabe que 2021 também será uma bela porcaria

Desde sua criação, em 2014, o COMMU discute o transporte público e as cidades da RMSP (Região Metropolitana de São Paulo). Com o passar do tempo, temos percebido que nossas discussões, na verdade, representam um conjunto de visões para o futuro das cidades nas quais vivemos e depositamos nosso sangue, suor e sonhos. Algumas das visões são mais palatáveis do que outras, mas todas nos parecem necessárias. Nossas visões para o futuro envolvem desde coisas simples, como boas calçadas, mais ciclovias e prioridade para os ônibus no sistema viário, até coisas mais delicadas e complexas, como aumento das ligações de transporte sobre trilhos, desmonte de rodovias urbanas e reorganização do transporte regional de passageiros em todo o estado.

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Contra privataria, COMMU se reúne com representante do deputado Carlos Giannazi

Na manhã de segunda-feira, 02/03/2020, dois representantes do Coletivo se reuniram com Victor Guerreiro, representante do mandato do deputado estadual Carlos Giannazi (PSOL). O encontro, realizado poucos dias após uma audiência pública realizada pelo Executivo estadual, encabeçado pelo governador João Doria, buscou definir estratégias em torno do caráter lesivo da concessão das linhas 8-Diamante (Júlio Prestes-Itapevi-Amador Bueno) e 9-Esmeralda (Osasco-Grajaú) da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), sem deixar de lado a PPP do Trem Intercidades (TIC) entre São Paulo e Campinas, que incorpora a Linha 7-Rubi (Luz-Francisco Morato-Jundiaí).

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Cidades sem rumo

Ainda que nem sempre possamos externar no Facebook nossa insatisfação, desempenhamos um esforço tentando acompanhar os mandatos de todo o legislativo dos municípios atendidos pela CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), ou seja, pelas câmaras municipais da capital e mais vinte e duas outras cidades distribuídas na Região Metropolitana de São Paulo e na Aglomeração Urbana de Jundiaí, além disso, tentamos acompanhar também as atividades da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, ligada à esfera estadual de governo.

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São Paulo precisa de VLT tanto quanto precisa de metrô

Contextualização Em entrevista ao Poder360 na data de 18/07/2019, o atual secretário dos Transportes Metropolitanos, Alexandre Baldy (Progressistas), afirmou que São Paulo não tem espaço para receber sistemas de bondes modernos, também chamados de veículos leves sobre trilhos (VLTs), porque a demanda é muito elevada. A declaração, que você confere na íntegra a seguir, obviamente, não nos agradou, e gostaríamos de discutir brevemente por quais razões entendemos que houve um equívoco, que esperamos que seja corrigido ao longo da atual gestão do Executivo, sob responsabilidade do governador João Doria (PSDB).

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O campo progressista só pode estar de brincadeira

Antes de começar, saliento que os debates sobre temas como passe livre e faixas exclusivas que, sem sombra de dúvida, possuem grande importância, seguem restritos, pior ainda, seguem sazonais, ocorrendo geralmente depois do incêndio, numa eterna e pouco frutífera corrida contra o tempo. O campo progressista (e a esquerda, principalmente), precisa colocar as mãos na cabeça e adotar uma postura mais pragmática, coesa e robusta em prol de uma agenda para a mobilidade na cidade.

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