rio de janeiro

Utilizar greve como pretexto para defender privatização é burrice

Com a unificação da luta contra a privatização das estatais Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), Metrô (Companhia do Metropolitano de São Paulo) e CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), há a expectativa de greve conjunta em 3 de outubro, na próxima terça-feira. Nos muitos esgotos cibernéticos que insistimos em rotular como “redes sociais”, diferentes internautas defendem que a greve é um excelente pretexto para defender a privatização das empresas, sobretudo do Metrô e da CPTM.

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Com voos mais caros e ausência de trens, ônibus de luxo ganham mercado

Contextualização Em novembro, O Estado de S. Paulo publicou reportagem intitulada “Viagens de ônibus ganham luxos de 1ª classe, com sala vip, poltrona massageadora e TV; conheça”, que ao ser levada por mim para apreciação no grupo do COMMU no Telegram, resultou em uma discussão interessante, protagonizada principalmente por mim e pelo Tiago de Thuin. Inicialmente, percebi que as partidas da Levare em São Paulo parecem utilizar um artifício eufemisticamente chamado de “sala VIP”, de forma a contornar o verdadeiro ponto de partida das rotas: Guarulhos, segunda maior cidade da RMSP (Região Metropolitana de São Paulo), cuja rodoviária tem ares desérticos, a despeito de possuir um terminal urbano integrado e um calçadão conectado à Linha 13-Jade (Eng.

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Filha do liberalismo à brasileira, SuperVia continua dando maus exemplos durante a pandemia

Recentemente, um vídeo alcançou mais de 15 mil interações (entre curtidas e compartilhamentos) no Twitter, nele, um trem da SuperVia, concessionária de uma parcela da malha metroferroviária da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, parte superlotado e com portas abertas de uma estação do Ramal Japeri. Para tornar a situação mais dramática, é possível perceber que o passageiro abaixou a máscara poucos segundos antes de o trem começar a partir.

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SuperVia, recém-comprada pela Mitsui, reforça que não existem concessões milagrosas

A compra da SuperVia pela japonesa Mitsui não demonstra ainda quais serão os caminhos para sanar a dívida de mais de R$ 1,5 bi, que tem entre os credores bancos como Bradesco e Itaú, para não falar do imbróglio envolvendo a Light, que já chegou a pedir a falência da empresa. É difícil sustentar qualquer expectativa otimista, como parece ter feito O Globo ontem, 8 de março, em reportagem intitulada Japoneses da Mitsui fecham acordo de compra da SuperVia por R$ 800 milhões:

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Pare de tratar o transporte público como produto de prateleira

Insatisfação nas redes O Twitter e o Facebook se tornaram verdadeiros repositórios de insatisfação, acumulando resmungos e reclamações quando o assunto são os sistemas de transporte coletivo que atendem a Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), incluindo a capital, enfim, aquilo que popularmente chamamos apenas de “transporte público”. A questão central é que muitas das manifestações de insatisfação que foram deixadas nas redes sociais, infelizmente, não parecem conectadas com um desejo verdadeiro de transformação da realidade.

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Light pede falência da SuperVia: e agora, quem ainda quer brincar de privatizador?

Ok, a situação não é exatamente inédita, como podemos ver no fragmento abaixo, extraído da reportagem intitulada “Apesar da crise, governo aprova subsídio de R$ 39 milhões à Supervia”, datada de 15/12/2015: Segundo a Secretaria Estadual de Transportes, a SuperVia acumula contas de luz em atraso. Entre março e novembro, a energia elétrica teve alta de 89%, provocando um aumento nas contas da concessionária de R$ 5 milhões para R$ 11 milhões mensais.

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A grama do VLT do vizinho é mais verde

Tenho ficado assustado com o apreço pela estética que tem sido defendido. Parece-me ser um tipo de apreço classista, que não dialoga com as desigualdades e surge de impressões ainda muito preliminares e, portanto, pouco maduras. Ao invés de buscar entender a proposta das linhas e qual o público que se pretende atender, a discussão não avança além da polarização entre feio e bonito, que se mistura com o desejo de romper com o rodoviarismo que ainda recorta e molda cidades pouco humanas.

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