são paulo

Rebatendo argumentos anti-ciclovia

Em 21/02/2015, sábado, a Folha de S.Paulo divulgava na sua página no Facebook a reportagem “Justiça manda Prefeitura de SP retirar ciclovia da frente de colégio particular”. Com comentários no Facebook que tentam minar qualquer perspectiva de tornar São Paulo uma cidade mais humana e menos carrocêntrica, decidi então, rebatê-los, tentando qualificar mais o debate, colocando várias fontes e informações, tentando “arejar” um pouco as discussões. Faltou planejamento! As pessoas não são contrárias às ciclovias/ciclofaixas, apenas querem planejamento… É um argumento muito utilizado, mas extremamente frágil.

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Google Transit e a Região Metropolitana de São Paulo

Introdução Se você nos acompanha no Twitter, já deve ter visto que pedimos sugestões de pauta, pois bem, recebemos uma e vamos tentar abordá-la. @Commu_Oficial @Commu_Oficial Organizacao integrada dos dados GTFS de toda RMSP e abertos ao publico, 'a la @sptrans_ Cc @portalmobilize — Rafael H. M. Pereira 🚡 Urban Demographics (@UrbanDemog) February 2, 2015 Vamos abordar brevemente o GTFS e mostrar como faz falta uma organização integrada. Conceituando É melhor conceituar as coisas para tornar as informações mais acessíveis a todos.

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Por que escrevemos textos de opinião?

a) A imprensa não cobre todos os aspectos do transporte público Se jornais como Folha de S.Paulo e Estadão deixam algumas lacunas, alguém precisa supri-las, melhor ainda quando não se tem um automóvel ou condomínio fechado sendo anunciado bem ao lado da manchete. Menos rabo preso significa mais chances de desagradar setores que ajudam a criar os problemas, mas também significa mostrar outros pontos de vista para a população. Veja um exemplo de “acidente de percurso” da Folha de S.

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Pensando um VLT para a região do Tatuapé

Introdução Quero explorar aqui o exercício de pensar num VLT para a região, devido à saturação que enxergo há alguns anos nos ônibus que fazem a alimentação e complementação do Metrô e CPTM na Estação Tatuapé, atuando para dar capilaridade ao sistema existente. Observação: para quem quiser um material para saber mais sobre os VLTs, também chamados de bondes modernos, streetcars e tramways, segue um vídeo: Legenda: Edição do Matéria de Capa da TV Cultura que contém exemplos ligados à utilização de VLTs ao redor do mundo Para pensar no traçado da linha (ou das linhas) existem algumas dificuldades para analisar os pontos de interesse com maior atração de demanda dentro do distrito, mesmo que o VLT busque suplantar, ainda que parcialmente, uma ou mais linhas de ônibus que já circulam como alimentadoras, os dados da SPTrans não ajudam muito.

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Um olhar para a região do Itaim Bibi no âmbito do transporte público

O jornal Estadão tem exibido uma série sobre os bairros da capital paulista, recentemente chegou a hora do famoso Itaim Bibi ser abordado. Legenda: Rua das Olimpíadas Imediatamente fizemos algumas observações no Facebook ao ler uma matéria voltada ao Itaim Bibi. Para facilitar a vida do leitor, transcrevemos abaixo as observações feitas na forma de comentário na rede social: Sentimos falta de uma exploração melhor em relação à CPTM. Na matéria destacada, por exemplo, apenas o Metrô é lembrado como “fortalecedor”, com uma menção vaga aos ônibus, mas não é bem assim… vale dizer que, enquanto a região era requalificada, os trens da Fepasa, da então Linha Sul (atual Linha 9-Esmeralda) nem paravam na região, cerca de 20 anos foram necessários até que os investimentos fossem retomados (as estações citadas, Cidade Jardim e Vila Olímpia, são do comecinho do novo milênio), num programa chamado pela CPTM de Dinamização da Linha Sul.

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Um olhar para a CPTM e seu atendimento ao Centro, Mooca e Ipiranga

Introdução Para começar, vou me restringir a São Paulo, praticamente único alvo da discussão (Brasília e Rio de Janeiro são exemplos de duas cidades que foram citadas pelos presentes, mas São Paulo dominou a discussão, o que já era esperado). Como muitos sabem, o chamado Centro Velho ainda enfrenta nos dias atuais problemas de degradação, falta de políticas para habitação (incluindo a regularização de ocupações, a requalificação de imóveis sem utilização para abrigar moradia social, a instalação de equipamentos públicos que permitam um uso misto mais confortável para quem trabalha e mora na região etc) e apesar disso, é contemplado com uma infraestrutura de transporte coletivo no mínimo interessante, ademais, pretendo expandir um pouco a zona de abrangência, acreditando em oportunidades desperdiçadas em outros pontos da cidade, notadamente na Zona Leste, em bairros com antiga vocação industrial, como Moóca e Ipiranga.

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Breve avaliação das linhas 3-Vermelha, 11-Coral e 12-Safira

Hoje um usuário no Twitter questionava a CPTM e o Metrô sobre a transferência entre as linhas 3-Vermelha e 11-Coral e 12-Safira. Inicialmente, acabamos não entendendo se o problema estava no acúmulo de usuários, o que costuma acontecer em certos momentos, como no horário de abertura da transferência (falaremos mais sobre isso depois), ou se havia alguma outra situação. Após alguns minutos, tanto o Metrô, quanto a CPTM, responderam buscando mitigar o descontentamento, explicando sobre o horário diferenciado da transferência e falando sobre a importância de evitar a sobrecarga nas linhas.

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Os 130 km de trilhos da CPTM esquecidos dentro da capital

A rede da CPTM, com cerca de 260 km, atendendo 22 municípios, com mais de 90 estações, aproximadamente 170 trens e movimentação de quase 3 milhões de usuários em média por dia útil apresenta não só números superlativos, mas também descaso em igual ou superior escala. A capital possui cerca de 130 km (136,5 km, para ser mais exato, de acordo com a Secretaria dos Transportes Metropolitanos), o que é mais do que a rede do Metrô inteira, mesmo se somarmos a Linha 4, operada pela CCR ViaQuatro em regime de concessão patrocinada).

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A exaltação das dificuldades com o transporte coletivo é suficiente para que as causas sejam investigadas?

Quando falhas ocorrem em linhas como a 3-Vermelha do Metrô de São Paulo, transbordam nas redes sociais críticas ao serviço da Companhia do Metrô, à superlotação e à precariedade do transporte coletivo em geral. São críticas oportunas, obviamente, mas precisamos ir além na captura do descontentamento. O problema é que reclamar da superlotação ou dizer que o transporte público é precário, é chover no molhado. Não resolve mais. É um grito de sofrimento que se tornou banal.

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Onde estão os serviços expressos?

Legenda: Trem da Linha 11-Coral da CPTM. Trens como este circulam nas áreas que ainda não receberam o padrão do Expresso Leste. Obras em Suzano, Ferraz e Poá, obviamente, estão atrasadas Temos hoje na chamada Zona Leste de São Paulo pelo menos 3,3 milhões de habitantes (dados de 2004), 3 linhas de trem metropolitano/metrô e um fluxo de pessoas oriundo de cidades como Itaquaquecetuba, Suzano, Poá, Mogi das Cruzes e Ferraz de Vasconcelos, assim, somando a população de aproximadamente 1,2 milhões de habitantes (dados do Censo 2010), temos um superlativo número de 4,5 milhões de habitantes.

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Quem somos nós?

De maneira ainda embrionária, surge o COMMU, Coletivo Metropolitano de Mobilidade Urbana, audacioso projeto em torno da mobilidade da Região Metropolitana de São Paulo, com potencial para se expandir para outras regiões metropolitanas do Estado de São Paulo. Nosso objetivo é criar um espaço diferenciado de disseminação de informações sobre a mobilidade urbana, feito por quem utiliza o transporte coletivo e busca romper as barreiras das informações institucionais vazias e de matérias rasas da imprensa não-especializada.

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