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Ministério Público, por qual São Paulo você luta?

Na data de hoje, 02/10/2015, soubemos que o MP decidiu rejeitar o resultado da audiência pública feita na Avenida Paulista para discutir mudanças no seu funcionamento aos domingos, as quais incluem a interrupção do tráfego de automóveis (com exceções para moradores e veículos de serviço e resgate) permitindo que a população possa desfrutar da avenida como um bulevar, além disso, também ignorou pesquisas recentes: Ampla maioria dos comerciantes da Paulista apoia avenida aberta a pedestres aos domingos (Rede Nossa São Paulo); “Abre-te Paulista: uma avenida aberta para pessoas” (Cidadeapé); Pesquisa revela avaliação dos paulistanos sobre trânsito, transporte público e poluição (Rede Nossa São Paulo).

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Como atuamos?

Prólogo Pretendemos aqui esclarecer como o COMMU, Coletivo Metropolitano de Mobilidade Urbana, atua e/ou pretende atuar para se somar a todos as pessoas que lutam por cidades mais democráticas, mais verdes, mais voltadas às pessoas, onde os deslocamentos sejam agradáveis. Objetivos e Princípios Aqui você confere nossos objetivos e princípios na luta por uma melhor mobilidade urbana na metrópole de São Paulo. Priorizar o transporte coletivo em detrimento do transporte individual motorizado A priorização do transporte coletivo significa desenvolver ações que busquem colocá-lo no topo da lista de prioridades do poder público em termos de mobilidade urbana.

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Metrô: uma década dos mesmos argumentos para justificar a lotação e atrasos

Introdução Os textos da Folha que serão criticados a seguir foram publicados em 30/05/2015, sendo assinados pelo mesmo autor. Observa-se neles a insistência numa visão provinciana dos serviços do Metrô, como se São Paulo fosse uma espécie de ilha, não possuindo qualquer configuração metropolitana e, para piorar, também houve um baixo teor crítico em vista dos desafios que a população enfrenta, tornando tudo incrivelmente conveniente ao governo estadual, inclusive pelo esquecimento da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) — parece ser uma especialidade da Folha — , que há anos se encontra integrada à malha do Metrô e passa por um processo controverso de conversão para um serviço de metrô, ainda que de caráter mais suburbano em vista do tamanho de suas linhas, por fim, houve a utilização desonesta de uma pesquisa.

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Querem te fazer acreditar que o trânsito de São Paulo nunca vai melhorar

Hoje o programa global SPTV 1ª edição exibiu uma matéria sobre a queda na lentidão do trânsito anunciada pela CET. Segundo os dados da Companhia, no último ano houve 10% menos lentidão ao longo do dia. A explicação dada é que a criação de faixas de ônibus e ciclovias ajudou a desestimular o uso do automóvel e, com isso, diminuíram os congestionamentos. No caso dos ônibus, a melhora é bastante clara — chega a incríveis 317,3% no trecho da ponte do Jaguaré, por exemplo.

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Qual o futuro da Estação Santo Amaro?

Introdução A Estação Santo Amaro da CPTM, inaugurada em 1986, é fruto de um premiado projeto arquitetônico. Quando a então Estação Largo 13 de Maio foi desenhada, não havia uma conexão com outra linha prevista, tampouco havia naquela época uma estrutura de tamanho impacto, sobriedade, modernidade e simbolismo em suas formas e conceitos em toda a Marginal Pinheiros, para não falar em todo o vetor sudoeste da cidade. No total, foram seis prêmios e os croquis estão expostos em Paris (veja mais informações aqui).

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Linha 9-Esmeralda da CPTM: 4 críticas estruturais

Introdução A Linha 9-Esmeralda é compreendida por uma ligação oeste-sul entre Osasco e São Paulo, contendo 18 estações ao longo de 31,8 km de extensão. A movimentação da Linha 9 era de 567,3 mil passageiros em média por dia útil, segundo os dados mais recentes, obtidos em 24/04/2015. Observação: para consultar os dados de demanda das linhas da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos, basta acessar uma área específica do site da CPTM.

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Linha 13-Jade: uma ligação para Guarulhos que já nasce limitada

Prólogo Até que a expansão da Linha 2-Verde (atualmente Vila Madalena-Vila Prudente) alcance a cidade de Guarulhos, a Linha 13 também será a única conexão sobre trilhos entre a capital e a segunda cidade mais populosa da Grande São Paulo. Trata-se, porém, de uma ligação que já nasce com evidentes limitações: a nova linha se conectará com o aeroporto justamente no terminal menos utilizado: o Terminal 4, escolha esta que reflete uma decisão do próprio aeroporto (a concessionária já prometeu uma espécie de monotrilho); para piorar a situação, não existe um horizonte de curto prazo para expansão da linha, que ficará confinada por alguns anos na Estação Engenheiro Goulart da CPTM, que está em reconstrução como parte do pacote de obras da Linha 13.

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A CPTM avança no relacionamento com o cliente, mas a timidez é reforçada pelo passado

Introdução Recentemente demonstramos solidariedade em relação A Viajante do Trem, que expôs uma situação problemática por ela vivida na Estação Luz: Muitos acompanharam o que aconteceu comigo na Luz na semana passada. Caos ocasionado por um grupo de pessoas que incitaram uma briga num lugar extremamente lotado e sem rota de fuga. O texto do qual o fragmento acima foi extraído se chama “Cliente é sempre cliente”, não deixe de lê-lo!

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O que ciclovias podem realmente fazer pela mobilidade?

Ciclovias estão entre os temas mais polêmicos dos últimos tempos aqui na cidade de São Paulo. Um dos argumentos que mais ouço nos debates sobre a validade desse investimento é o de que poucas pessoas usam bicicleta e, por isso, elas não deveriam merecer tanta atenção do poder público. Eu, como ciclista recente e pessoa atrapalhada, sei a diferença crucial que ela faz na segurança. Então a principal razão que eu defendo para apoiar ciclovias é: elas salvam vidas e isso vale qualquer investimento.

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Por que o enterramento da CPTM no eixo Lapa-Brás é tão importante?

Introdução Há um documento que descreve mais detalhadamente a proposta, trata-se do Capítulo 10 de um estudo elaborado pela Fupam, uma entidade relacionada à Universidade de São Paulo. O trecho Lapa-Brás é chamado de Tronco Metropolitano da Mobilidade Urbana, que se desdobra da seguinte forma, de acordo com a página 1 do documento: O Tronco Metropolitano da Mobilidade Urbana compreende o trecho da rede da CPTM que começa nas proximidades da Estação Lapa e segue até a Estação Brás.

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Atrapalhando o trânsito de São Paulo

Alguns parecem tratar o trânsito de São Paulo como uma entidade diferenciada, que merece extremos cuidados e máxima prioridade, bem… temos uma má notícia para tais pessoas: aqui não tratamos o trânsito de São Paulo com tapete vermelho e muita pompa, ao invés, o Coletivo Metropolitano de Mobilidade Urbana prefere discutir formas de melhorar a mobilidade metropolitana, indo além dos automóveis. Quem faz o trânsito são pessoas dirigindo seus carros e a cidade é feita para todos, não só para aqueles que estão atrás do volante.

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Um olhar para a Linha 7-Rubi da CPTM

Introdução Em 1867 a primeira ferrovia do Estado de São Paulo nascia pelas mãos da SPR (The São Paulo Railway Company, Limited). Conectando Santos a Jundiaí, seu legado sobrevive até os dias atuais e, no contexto de um atendimento metropolitano, duas linhas da CPTM são responsáveis por atender as cidades compreendidas entre Jundiaí e Rio Grande da Serra: Linha 7-Rubi, conectando a Estação Luz à Estação Jundiaí; Linha 10-Turquesa, conectando a Estação Brás à Estação Rio Grande da Serra.

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Falhas e mais falhas nos trens da Linha 10-Turquesa da CPTM

Atualização (05/01/2019): ao longo dos últimos anos (2018 e 2017, principalmente), os problemas ligados à manutenção dos trens da série 2100 parecem ter sido significativamente mitigados ou superados, de forma que não foram mais observados os incêndios e incidentes graves que aterrorizaram passageiros quando este artigo foi originalmente escrito. O artigo segue no ar para registrar o tipo de postura negligente que a CPTM e as empresas por ela contratadas podem adotar, com prejuízos difíceis de serem ressarcidos.

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Reflexões sobre a possibilidade de remodelar o Expresso Tiradentes

O Governo do Estado de São Paulo está construindo a Linha 15-Prata, uma linha de monotrilho que terá 18 estações e aproximadamente 26 km de extensão. Informações oficiais podem ser obtidas aqui. A principal conexão da Linha 15 se dará na Estação Vila Prudente da Linha 2-Verde, que também será expandida. Segundo notícia oficial do Metrô, serão 13,5 km adicionais, que levarão a linha até Guarulhos, terminando na Estação Dutra. A Linha 2 então terá o seguinte cenário potencial:

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Nossas anotações da última reunião do CMTT

Observação: a apresentação de slides da SPTrans pode ser baixada aqui também. Anotações Tatto recepciona a todos e diz que vai apresentar o processo ligado ao plano definitivo, incluindo debate público e 32 subprefeituras, indo além das entidades. Haverá também participação via Internet. Segundo Tatto, a iniciativa é intersetorial e também multimodal, incluindo todos os modos e também a questão logística.Destaca a importância da Rede da Madrugada, piloto para as outras redes propostas.

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Alagamentos e paralisações na CPTM

Introdução A Estação Palmeiras-Barra Funda do sistema de trilhos foi mais uma vez palco de tensão entre a CPTM e os usuários das duas linhas que lá operam, a 7-Rubi (Luz-Francisco Morato-Jundiaí) e a 8-Diamante (Júlio Prestes-Itapevi-Amador Bueno). Segundo informações do G1, a paralisação na Linha 7-Rubi durou cerca de três horas. A CPTM alega fazer suas obrigações… Quando questionamos a CPTM sobre a questão dos alagamentos, que motivou paralisações em três linhas da empresa ontem, 25/02/2015, a seguinte resposta nos foi enviada via Twitter:

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Rebatendo argumentos anti-ciclovia

Em 21/02/2015, sábado, a Folha de S.Paulo divulgava na sua página no Facebook a reportagem “Justiça manda Prefeitura de SP retirar ciclovia da frente de colégio particular”. Com comentários no Facebook que tentam minar qualquer perspectiva de tornar São Paulo uma cidade mais humana e menos carrocêntrica, decidi então, rebatê-los, tentando qualificar mais o debate, colocando várias fontes e informações, tentando “arejar” um pouco as discussões. Faltou planejamento! As pessoas não são contrárias às ciclovias/ciclofaixas, apenas querem planejamento… É um argumento muito utilizado, mas extremamente frágil.

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Google Transit e a Região Metropolitana de São Paulo

Introdução Se você nos acompanha no Twitter, já deve ter visto que pedimos sugestões de pauta, pois bem, recebemos uma e vamos tentar abordá-la. @Commu_Oficial @Commu_Oficial Organizacao integrada dos dados GTFS de toda RMSP e abertos ao publico, 'a la @sptrans_ Cc @portalmobilize — Rafael H. M. Pereira 🚡 Urban Demographics (@UrbanDemog) February 2, 2015 Vamos abordar brevemente o GTFS e mostrar como faz falta uma organização integrada. Conceituando É melhor conceituar as coisas para tornar as informações mais acessíveis a todos.

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Por que escrevemos textos de opinião?

a) A imprensa não cobre todos os aspectos do transporte público Se jornais como Folha de S.Paulo e Estadão deixam algumas lacunas, alguém precisa supri-las, melhor ainda quando não se tem um automóvel ou condomínio fechado sendo anunciado bem ao lado da manchete. Menos rabo preso significa mais chances de desagradar setores que ajudam a criar os problemas, mas também significa mostrar outros pontos de vista para a população. Veja um exemplo de “acidente de percurso” da Folha de S.

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Pensando um VLT para a região do Tatuapé

Introdução Quero explorar aqui o exercício de pensar num VLT para a região, devido à saturação que enxergo há alguns anos nos ônibus que fazem a alimentação e complementação do Metrô e CPTM na Estação Tatuapé, atuando para dar capilaridade ao sistema existente. Observação: para quem quiser um material para saber mais sobre os VLTs, também chamados de bondes modernos, streetcars e tramways, segue um vídeo: Legenda: Edição do Matéria de Capa da TV Cultura que contém exemplos ligados à utilização de VLTs ao redor do mundo Para pensar no traçado da linha (ou das linhas) existem algumas dificuldades para analisar os pontos de interesse com maior atração de demanda dentro do distrito, mesmo que o VLT busque suplantar, ainda que parcialmente, uma ou mais linhas de ônibus que já circulam como alimentadoras, os dados da SPTrans não ajudam muito.

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