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Monotrilho: precisamos de mais bom senso na discussão sobre a Linha 15

A interdição da Linha 15-Prata (Vila Prudente-São Mateus) por parte da Companhia do Metropolitano de São Paulo (METRÔ, corriqueiramente grafada como Metrô) exacerba a crise de imagem da companhia e, sobretudo, da própria linha, que tem sofrido com o que parece ser um misto de equívocos típicos, que permeiam todas as obras, ineditismo e outros equívocos maiores, cuja explicação até hoje não foi tornada pública. Muito antes da chegada a São Mateus, foi no mínimo estranho receber notícias de que o ribeirão da Moóca, que corre sob a Avenida Professor Luiz Ignácio Anhaia Mello, havia sido negligenciado, passando ao largo do delicado e complexo processo de planejamento que, esperamos, ocorre antes das obras civis de grande envergadura, como é o caso da construção de uma linha de metrô leve, tal qual a Linha 15-Prata.

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A grama do VLT do vizinho é mais verde

Tenho ficado assustado com o apreço pela estética que tem sido defendido. Parece-me ser um tipo de apreço classista, que não dialoga com as desigualdades e surge de impressões ainda muito preliminares e, portanto, pouco maduras. Ao invés de buscar entender a proposta das linhas e qual o público que se pretende atender, a discussão não avança além da polarização entre feio e bonito, que se mistura com o desejo de romper com o rodoviarismo que ainda recorta e molda cidades pouco humanas.

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Prata da casa

Construção rápida, melhor inserção no tecido urbano e menor custo de implantação. Estas foram algumas das promessas em relação ao novo modal de transporte apresentado em meados de 2009 pelo então governador do estado de São Paulo, José Serra (PSDB), em parceria com o então prefeito da capital, Gilberto Kassab (PSD). O projeto do monotrilho foi apresentado tanto como alternativa ao então corredor de ônibus Expresso Tiradentes, proposta original para o eixo mas que supostamente não daria conta da alta demanda da região, como também foi vendida como uma forma mais rápida de levar o Metrô aos bairros mais distantes e necessitados de transporte.

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A exaltação das dificuldades com o transporte coletivo é suficiente para que as causas sejam investigadas?

Quando falhas ocorrem em linhas como a 3-Vermelha do Metrô de São Paulo, transbordam nas redes sociais críticas ao serviço da Companhia do Metrô, à superlotação e à precariedade do transporte coletivo em geral. São críticas oportunas, obviamente, mas precisamos ir além na captura do descontentamento. O problema é que reclamar da superlotação ou dizer que o transporte público é precário, é chover no molhado. Não resolve mais. É um grito de sofrimento que se tornou banal.

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