subúrbio

Com ou sem representatividade, a CPTM é importante

Depois de cerca de dez anos escrevendo, falar em representatividade no contexto dos trens é uma tarefa difícil, nem tanto pela complexidade, mas pelo sentimento. Ao longo dos anos, este Coletivo realizou inúmeras discussões internas, que levaram à produção de artigos com inúmeras abordagens, entre as quais, podemos elencar: Abordagem universal ou genérica do assunto, sem recortes muito específicos; Perspectiva ligada aos extratos mais baixos da classe trabalhadora; Aceno às classes médias, que claramente são maioria nas organizações do terceiro setor da capital e indivíduos independentes com capacidade de mobilização, conectando transporte e consumo; Entrelaçamento da discussão da infraestrutura de transporte com o mercado imobiliário, especialmente por ser uma ponte para problematizar privatizações; Utilitária, falando sobre como o transporte público pode ser relevante para viagens, compras e turismo; Técnica, abordando assuntos como capacidade/hora, espacialização de linhas para compreensão de uma greve no território, tratamento de dados de demanda e produção cartográfica para discussão de uso e ocupação do solo.

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Entre o marginal e o excêntrico, as dores e agonias de viver os trens da CPTM

Prólogo Em regozijo aos 32 anos da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), completados em 28 de maio de 2024, o COMMU (Coletivo Metropolitano de Mobilidade Urbana) orgulhosamente publica este artigo. Dividido em duas partes, o texto a seguir transita brevemente pelos extremos encontrados no Trem Metropolitano, propondo uma reflexão sobre sua importância. Mais uma vez, o Coletivo reforça seu compromisso com o Trem Metropolitano, sobretudo num período tão sombrio, que ameaça deteriorar uma das poucas pontes capaz de transpor grandes abismos socioeconômicos, levando eventualmente a crises e colapsos.

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Sucateamento da CPTM pode potencializar relações tóxicas com o território

Trevas no horizonte E se Tarcísio de Freitas (Rep), atual governador do estado de São Paulo, conseguir avançar com o rolo compressor? E se todas as linhas do METRÔ (Companhia do Metropolitano de São Paulo) e CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) forem privatizadas? E se a privatização selar um nível de serviço degradado para toda a malha, similar aquele das linhas 8-Diamante (Júlio Prestes-Itapevi-Amador Bueno) e 9-Esmeralda (Osasco-Mendes·Vila Natal)?

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Nossa imprensa ainda descarrila quando aborda a (má) qualidade da CPTM

Parte 1: qualidade, prazo e investimento Recentemente o Estadão publicou um inusitado editorial sobre a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos, no qual acertadamente chamou atenção para sua importância e um processo modernizador que se arrasta desde o início da década de 1990. O problema começa quando o editorial sobre a CPTM esbarra no famigerado hábito que a imprensa e algumas pessoas têm de falar em qualidade sem definir o que exatamente entendem por qualidade.

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Uma visão geral sobre serviços expressos

E daí? Bom, você já deve estar perguntando: “tá, mas e daí que só tem duas vias?”, daí que construímos linhas com 40, 50 km, que não oferecem múltiplos serviços e todo mundo parece achar normal ir pingando o caminho inteiro, ou pior, todo mundo parece achar normal quase se matar para arranjar um assento no horário de pico. Vamos fazer contas. Um trem típico da CPTM tem 8 carros. Cada carro tem 32 pares de portas.

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Entre um milkshake e um sufoco

Sim, é uma provocação. Quer ver um exemplo? Quer ver como faz falta ter mais gente discutindo sobre a vida nas cidades? Escrevo este post após ter conhecimento de uma iniciativa conjunta das organizações ITDP e WRI, muito louvável, mas... quando visitei a página “Infográfico aponta onde estão as pessoas e o transporte na cidade de São Paulo” no site do ITDP, fiquei assustado ao me deparar com um material que chama as linhas da CPTM de “Ramais de trem” — em sã consciência, quantos passageiros usam o termo “ramais” em São Paulo para se referir às linhas da CPTM?

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Novo aeroporto em Caieiras: a CPTM está preparada?

Introdução Caieiras é um pequeno e jovem município, com 57 anos de existência, possuindo menos de 100 mil habitantes e uma área de aproximadamente 97 mil km² . Legenda: Adaptado de: IBGE Cidades para o município de Caieiras Com a notícia acima, como ficará Caieiras? Sendo a CCR a adquirente e vencedora para explorar o direito de operar um aeroporto, como fica a CPTM, sendo que a mesma empresa detém a concessão das rodovias Anhanguera e Bandeirantes?

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Vá além do Centro Expandido de São Paulo

Introdução Quando falamos de mobilidade urbana, a palavra “descentralização” surge com grande facilidade, é muito comum desejar e encontrar pessoas desejando maneiras de reduzir seus deslocamentos e depender menos do transporte coletivo para o dia-a-dia, algo assim, teoricamente, aumenta o tempo livre e aumenta a liberdade para viver a cidade e ter uma vida mais saudável. Eu tenho notado que existe, porém, um comportamento muito interessante: um morador do Centro Expandido, com bom nível de consciência política e não raramente já desfrutando de maior tempo livre devido à dinâmica da região, que concentra não só muitos postos diversos (ou seja, com diferentes níveis de qualificação) de trabalho, mas uma imensidão de equipamentos públicos e privados, defendendo a tal “descentralização”, porém, se o mesmo morador não sai do Centro Expandido e pré-concebe uma imagem do restante do município de São Paulo e também dos outros municípios que compõem a Região Metropolitana de São Paulo (também chamada de Grande São Paulo), passa a existir, portanto, uma incoerência.

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Nós já estamos acostumados, não se preocupe

Não sabemos se o trem vai demorar 10 ou 40 minutos, não sabemos também se ele vai a 60 ou 10 km/h, pior, não sabemos quão duras serão as filas que poderemos enfrentar, principalmente se uma parte da linha estiver interrompida e o trajeto precisar ser completado por ônibus do chamado PAESE (Plano de Apoio entre Empresas em Situação de Emergência). Introdução A Companhia Paulista de Trens Metropolitanos foi criada por força da Lei nº 7.

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Quem somos nós?

De maneira ainda embrionária, surge o COMMU, Coletivo Metropolitano de Mobilidade Urbana, audacioso projeto em torno da mobilidade da Região Metropolitana de São Paulo, com potencial para se expandir para outras regiões metropolitanas do Estado de São Paulo. Nosso objetivo é criar um espaço diferenciado de disseminação de informações sobre a mobilidade urbana, feito por quem utiliza o transporte coletivo e busca romper as barreiras das informações institucionais vazias e de matérias rasas da imprensa não-especializada.

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